terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Efeitos da crise econômica

E os efeitos da crise econômica continuam a surgir no automobilismo. Como já li em alguns lugares, acredito que esta crise levará a drásticas mudanças nas competições automobilísticas. Não que o esporte a motor vá desaparecer ou mingüar, mas deverá enfrentar um período complicado e depois volta a crescer. Só que aí num novo cenário, com outra mentalidade. Algo que acho muito bom. Hoje em dia há muita pirotecnia e dinheiro queimado com besteira. As coisas de hoje em diante terá de ser mais racional.

Dentre os mais novos anúncios (depois da saída da Honda da F1), tivemos o anúncio da saída da Suziki e da Subaru do WRC (campeonato de Rali da FIA). Na Nascar a situação também está complicada devido a situação das montadoras americanas.

Na Indy, têm sido feitos movimentos no sentido da redução de custos. Na F1, como todos vimos semana passada, também. Quanto a F1, em específico, acho bacana a preocupação e decisões no sentido da redução, mas não concordo com algumas decisões em especial. Por exemplo, o lance de ter um único projeto de motor. Isso vai contra os preceitos da categoria. Outra coisa que não achei legal foi banir por completo os testes fora GPs. Acho que deveriam manter os testes, só que mudando as regras. Por exemplo, limitando tempo, quilometragem, locais, permitir apenas os testes coletivos, ... Outra coisa que acho é que a idéia do KERS poderia ficar para um outro momento. Começo a achar que isso vai mais atrapalhar que ajudar, pelo menos no primeiro ou os 2 primeiros anos. O equipamento traz mais peso para o carro e pelo que li dará apenas 6 segundos por volta dos cavalinhos a mais. Já li também que não vai ser em todas as pistas que tratá algum ganho. Acho que é algo que deve ser investido pela F1, mas talvez não seja o momento se pensam na redução de custos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ingresso para GP Brasil 2009 a partir de segunda

Para quem estiver interessado em ir ao GP Brasil de F1 2009 é melhor se preparar para a compra. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima segunda-feira e é comum acabar rapidamente os ingressos para os setores mais baratos (G e A). Sugiro comprar no máximo até a segunda semana para não correr riscos.

Veja abaixo preços oficiais do GP Brasil 2009:

A - R$ 550 (Sexta, sábado e domingo); R$ 526 (Sábado e domingo)
B* - R$ 1.458 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.368 (Sábado e domingo)
M* - R$ 1.150 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.060 (Sábado e domingo)
D* - R$ 1.900 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.790 (Sábado e domingo)
E** - R$ 2.220 (Sexta, sábado e domingo); R$ 2.120 (Sábado e domingo)
F* - R$ 1.100 (Sexta, sábado e domingo); R$ 994 (Sábado e domingo)
G - R$ 410 (Sexta, sábado e domingo); R$ 356 (Sábado e domingo)
V** - R$ 1.656 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.440 (Sábado e domingo)

Para maiores detalhes, consulte o site oficial do evento www.gpbrasil.com.br

Eu fui no GP de 2007 e fiquei no setor G, o mais barato. Meu ingresso foi apenas para sábado e domingo. O setor fica ao longo de toda a reta oposta, onde fica a saída dos boxes e termina naquela curva que em 2007 o Hamilton escapou em tentativa de retomar a posição que Alonso havia tomado. A visão do autódromo é bastante ampla deste ponto, ficando fora de alcance apenas a reta de largada e os boxes. Não há telão, ou pelo menos não havia naquele ano. Para acompanhar a corrida um rádio é bem vindo.

Se eu fosse como espectador outra vez a um GP Brasil de F1 e não quizesse ou pudesse gastar muito, eu iria para o setor A. Lá é o segundo mais barato e tem uma visão ampla também. Segundo um amigo meu que também foi em 2007 e ficou no setor A, havia um telão lá para eles. Isso é muito bacana, pois ajuda a acompanhar a corrida, ver a largada e o pódio, por exemplo. O setor A fica no final da pista, na entrada dos boxes. Permite ver o final do Grid, parte da reta oposta, todo o miolo e a subida.

Fora estas dicas para a compra do ingresso, outros pontos relevantes para o GP dizem respeito a hospedagem e transporte. Quanto a hospedagem, providenciem com bastante antecedência. Eu fui deixar para o final e foi bem complicado. Muitos lugares lotados e outros muito caro. Todos falavam no GP para justificar os preços de alta temporada. Sugiro o hotel Formule 1. Existem diversos pela cidade. Eu já fiquei na unidade Paraíso, na Av. Vergueiro. Acho que tem estação de metrô do lado de cada um deles.

Quanto a transporte, pense bem se for de carro. Vai pegar um trânsito complicado, principalmente no domingo, e vai pagar muito caro pelo estacionamento. Vi coisas como R$ 50 ou R$ 60 de estacionamento por dia. Eu fui no sábado e no domingo de metrô/trem. Em 2007 foi o ano em que inauguraram a estação autódromo. Eu fiquei em um hotel próximo a praça da República (no Centro, nas proximidades do cruzamento da Ipiranga com a São João). Ia a pé até a estação República, daí ia de metrô até a Barra Funda e de lá ia de trem. O percurso durava 1 hora e 50 min. O custo é que é muito baixo, apenas 2 passagens de metrô para ir e voltar.

Para reduzir este tempo, e não gastar tanto, uma possibilidade é ir de carro até algum ponto no final da Marginal Pinheiros e pegar o trem lá. Eu tentaria ficar no novo Formule 1 Morumbi, que fica a apenas 4 estações e daí não precisaria de carro.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Crise chega ao automobilismo

Já não é nenhuma novidade a crise financeira que se espalhou pelo mundo. Como não poderia deixar de ser, o esporte também começa a sofrer suas conseqüências também. Com diversas empresas quebrando ou enfrentando situações difícies, começa a faltar dinheiro.

Na F1, Honda, aquela que decidia entre Barrichello, Bruno Senna e Di Grassi, anunciou semana passada sua despedida. Cortou gastos, cancelou os testes em Jerez com Barrichello e Bruno, e mantém o desenvolvimento básico do carro do que vem apenas porque tem esperanças de conseguir vender sua estrutura para alguém que queira tocar a equipe já para 2009. A Honda está esperançosa de que conseguirá, até porque já mostrou que não vai complicar, mas muitos dos figurões da categoria falam que isso não deve ocorrer devido a crise. Com o tempo escasso e a falta de dinheiro, vai complicar.

Caso não consiga vender, a categoria que iniciou 2008 com 11 equipes e 22 carros, pode iniciar 2009 com apenas 9 equipes e 18 carros. Pior, já tem gente falando em campeonato com 8 equipes e 16 carros. Bom ... vamos ver o que acontece.

Quanto a Honda sair, foi uma surpresa apenas pelo momento. Parecia que caminhava para um crescimento com a chegada do Ross Brawn e falava-se muito em planos com todas as mudanças que chegavam para o ano que vem e na alteração de sua dupla de pilotos. De qualquer forma, era esperada a sua saída por tudo o que já gastou e tudo o que ainda não havia conquistado.

Entretando há males que vêem para o bem. Não só na F1 ou no automobilismo, mas sim no esporte como um todo, há muito tempo que me indigna a quantidade de dinheiro que se torra seja com o desenvolvimento de equipamentos ou com salários. É algo, no mínimo, absurdo. Isso em algum momento tinha que estourar.

Hoje estava lendo declaração de Mosley, presidente da FIA, cobrando cortes nos salários dos pilotos. Outro hora li declaração dele falando sobre cortes nas despesas com motores e transmissões. A idéia seria ter um fornecedor único (independente) destas peças. Estima-se que com esta alteração corte em 10 vezes as despesas com o desenvolvimento e produção de tais peças. Neste ponto, eu assim como boa parte das equipes temos restrições.

A F1 tem como essência o desenvolvimento de novas tecnologias. Foi a categoria criada com a intensão de apresentar o que há de mais novo. Certamente que as coisas não podem ficar como estão, mas tem de se haver um bom planejamento para as alterações. Motores são a essência de um automóvel e é claro que construtores irão querer projetar e construir esta peça. Não é a toa que as equipes na F1 são chamada de construtores. Não fosse assim seriam chamados de montadores. De qualquer maneira, do jeito que vão indo as coisas acredito que vai terminar sendo adotado o motor padrão. E como conseqüência a F1 vai passar por uma profunda transformação. Não é difícil de imaginar as montadoras, maioria no grid, saindo em debandada. Inclusive com equipes tradicionais saindo de cena.

Para o ano que vem a tônica do campeonato provavelmente estará nas discussões sobre as novas regras visando a redução dos custos e sobre dificuldades financeiras.

E a crise, claro, não chegou apenas na F1. A Audi já anunciou que sai da ALMS, mas continuará na Le Mans. Li algo também sobre uma possível saída da Chevrolet da Nascar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Renault Roadshow

Domingo passado estive no Renault Roadshow em São Paulo, ao lado do Parque Ibirapuera. Para quem nunca tinha visto um F1 de perto, foi uma oportunidade fantástica. O evento foi gratuito. Para quem já tinha visto um F1 ao vivo em ação, uma ótima oportunidade para rever e, desta vez, de muito perto. Eu tinha ido ao GP do Brasil do ano passado, aquele em que o Massa entregou a vitória ao Raikkonen para ele levar o caneco no mundial. Imagino que a velocidade do F1 neste evento estava limitada, por questões de segurança, mas a sensação não era esta já que estávamos tão perto do carro. Deixando as emoções de lado um pouco, foi até um pouco insano ficar tão perto de um carro andando tão rápido.

Achei engraçado, tanto lá como em Interlagos, a reação de alguns acompanhantes não muito fãs de automobilismo. Estavam fazendo cara feia e fazendo questão de deixar claro que para eles estavam ali só para acompanhar. Já nas apresentações de manobras ficaram atentas e começaram a gostar da coisa. Quando o Nelsinho passou pisando fundo, a reação foi muito engraça. A cara carrancuda dava lugar a uma cara de espanto e sorrisos começavam a surgir. Num tinha como ser diferente. No mínimo, por mais desligada que seja a pessoa neste assunto, fica impressionada com a capacidade de aceleração e a velocidade que o carro atinge. O ronco do motor é absurdo. A velocidade tão grande, que dava para sentir o deslocamento de ar quando passava ao nosso lado.

A seguir alguns vídeos mostrando o evento.

Apresentação de Nelsinho, exibida no Globo Esporte.



Nelsinho fazendo zerinhos com o F1.



Renaults envenenados. Os dois amarelos eram muito bacanas.



Car toons.



Piloto sai e volta ao carro enquanto o carro permanece fazendo zerinhos. Muito bom.



Um vídeo com um resumão do que teve por lá. Aqui tem algumas manobras que não foi possível ver nos outros vídeos e que também não pude ver lá.



O evento foi bacana, mas acho que poderia ter sido bem melhor se tivesse um pouco mais de shows de manobras para preencher o tempo. Nos 2 últimos vídeos teve alguns exemplos de manobras bacanas que aconteceram por lá, mas estas só ocorreram na frente dos convidados. Para a gente só zerinhos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Encerrado testes em Barcelona

Seguem os melhores tempos de cada piloto na semana.

01º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min19s295
02º. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min19s839
03º. Takuma Sato (JAP/Toro Rosso), 1min20s017
04º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 1min20s154

05º. Gary Paffett (ING/McLaren), 1min21s140
06º. Alexander Wurz (AUT/Honda), 1min21s198
07º. Jenson Button (ING/Honda), 1min21s387
08º. Pedro de la Rosa (ESP/McLaren), 1min21s417
09º. Robert Kubica (POL/BMW), 1min21s521
10º. Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min21s525
11º. Christian Klien (AUT/BMW), 1min21s534
12º. Nick Heidfeld (ALE/BMW), 1min21s592
13º. Bruno Senna (BRA/Honda), 1min21s676
14º. Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min22s073
15º. Nelsinho Piquet (BRA/Renault), 1min22s148
16º. Lucas di Grassi (BRA/Honda), 1min22s283
17º. Nico Hulkenberg (ALE/Williams), 1min22s410
18º. Luca Badoer (ITA/Ferrari), 1min22s425
19º. Sébastien Loeb (FRA/Red Bull), 1min22s503
20º. Marc Gené (ESP/Ferrari), 1min22s772
21º. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min23s086
22º. Pedro de la Rosa (ESP/Force India), 1min23s103
23º. Giedo van der Garde (HOL/Renault), 1min23s250
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India), 1min23s794

Primeiros testes pós temporada e, com as mudanças radicais (aerodinâmica, pneus e KERS) para o ano que vem, mais do que nunca aplica-se bem o comentário: "É difícil comparar e tirar algum significado dos tempos." BMW foi quem mais chamou a atenção por logo de cara apresentar um carro nas especificações aerodinâmicas do ano que vem. Como já era previsto, feio pra caramba. Algo que se pode prever para o ano que vem é um aumento mais que significativo no número de aerofólios dianteiros quebrados. Vale lembrar que agora ele será mais largo.

Fora isso, chama a atenção o domínio da Red Bull/Toro Rosso durante os 3 dias.

Toro Rosso e Honda ainda não definiram seus pilotos para o ano que vem. A única coisa que parece certa é a titularidade de Button na Honda em 2009, mas mesmo assim ainda não há contrato. Na Toro Rosso, Sato, Buemi e Bourdais disputam vagas. Bourdais foi o mais rápido com uma certa folga para Sato, que teve Buemi na sua cola.

Na Honda estamos todos atentos. Se Button está praticamente garantido, a outra vaga é disputada por 3 brasileiros: Rubens Barrichello (que foi titular este ano e tornou-se o piloto maior número de provas disputadas na F1), Bruno Senna e Lucas Di Grassi.

Rubens tem de vantagem sua grande experiência e capacidade de acerto, mas pesa contra a idade e os conflitos com a direção, que foram se intensificando durante o ano com a indefinição da equipe e com o desempenho do carro.

Bruno Senna tem como vantagem sua capacidade de pilotagem, estilo arrojado e sobrenome, mas pesa contra o piloto sua ausência de 10 anos, período que sucedeu a morte de Ayrton Senna. Bruno é 1 ano mais velho que Di Grassi.

Lucas também chama a atenção pela capacidade de pilotagem e ainda mais pelo conhecimento técnico que tem sobre o carro. É um piloto muito bom, mas menos arrojado que Senna. Arrisca menos, mas quando tenta ultrapassagens normalmente consegue. O que falta a Lucas é um empurranzinho de alguém forte na F1. Falta-lhe um sobrenome de pesa ou alguém que abra as portas para ele.

Analisando friamente a situação, torço para que a vaga fique com Lucas Di Grassi. Não tenho nada contra os outros dois, muito pelo contrário. Considero o Rubinho um grande piloto, mas acho que seu tempo na F1 já se foi. Mesmo que fique, não acredito numa Honda competitiva o suficiente em 1 ou 2 anos ou ainda que Rubens fique por mais tempo. Quanto ao Bruno, torço bastante por ele e estou bastante curioso para ver sua evolução no automobilismo, mas acredito que o melhor para ele seria um contrato de piloto de testes para F1 e mais 1 ano na GP2. Assim iria ganhando mais conhecimento na F1 e aprendendo mais sobre a parte técnica e acerto na GP2.

Sei que com 25 anos, Bruno tem certa pressa para chegar a F1, mas é melhor deixar a ansiedade de lado e partir para uma melhor preparação. Esta pressa pode levar a uma aposentadoria prematura, vide o que aconteceu com o Nelsinho neste ano. Correu sério risco. No final o sobrenome, o pai e dois anos seguintes de estreantes na Renault, levaram a equipe a dar-lhe uma segunda chance.

Nas últimas declaração, notícias, vídeos, audios e tudo mais, tenho percebido um Lucas Di Grassi muito apreensivo e cabisbaixo. Acho que ele tenha informações de que a corda irá arrebentar para o lado dele. Deve ter havido muito desgaste na Renault em sua disputa interna com o Nelsinho. Vide o encerramento do contrato de piloto de testes por lá e as declarações do Nelsinho falando que o Bruno é muito mais piloto, o que por hora não acho verdade. Basta olhar para o desempenho dos dois na GP2 em 2008. Na Honda também pesa contra o patrocínio da Petrobrás para a Honda e parceria da Petrobrás com a família Senna. Fora isso todo o apelo do nome em si para ações de marketing e a possibilidade de uma nova parceria Honda-Senna.

Bom ... agora é esperar. A promessa da Honda é falar algo sobre isso na semana que vem, mas talvez ainda não uma definição. Há possibilidade de realização de novos testes.

domingo, 9 de novembro de 2008

A F1 em 2008

Esta foi uma temporada de muitas surpresas e de uma grande disputa, que culminou com a decisão apenas na última etapa da temporada e nos últimos metros. No final, deu Hamilton no mundial de pilotos, como era esperado pela larga vantagem (7 pontos) de que dispunha para a etapa brasileira. No mundial de construtores a McLaren ainda tinha chances, mas também remotas, e deu Ferrari no final. Esta final foi, também sem sombra de dúvida, uma das mais emocionantes no automobilismo e no esporte em geral. Provavelmente a mais emocionante na F1.

Parabéns a Hamilton e McLaren pela conquista no mundial de pilotos. Parabéns a Ferrari pela conquista no mundial de construtores.

Ferrari conquistou o mundial de construtores por dispor da melhor dupla. Na mundial de pilotos, Hamilton saiu um pouco na frente dos rivais ferraristas, por dispôr totalmente da equipe para ele. É um grande piloto, sem dúvidas, mas já não o considero todo o fenômeno que alardeavam no início. Pode quebrar recordes na F1? Certamente. É talentoso, muito jovem e dispõe de todo o apoio da poderosa McLaren. Como pontos negativos para o atual campeão: orgulho (demonstrado durante o ano) e jogo sujo. Apesar de considerar que Hamilton recebeu punições rigorosas demais, em outros agiu com deslealdade em ultrapassagens e nem sequer cogitou-se punição.

Hamilton foi o campeão por seu talento, confiabilidade do carro e menor número de erros. Massa perdeu o título em grande parte aos seus erros (principalmente no início do ano) e aos da equipe, além dos problemas de confiabilidade do carro. Ferrari dispunha de um melhor carro no início, mas a McLaren parece que evoluiu melhor ao longo do ano. No geral a Ferrari dispunha de um melhor carro, mas McLaren não ficava muito atrás. Em condições de chuva, McLaren pulava a frente devido a problemas de aquecimento de pneu da Ferrari. O engraçado é que o problema de aquecimento de pneu da equipe italiana resultava do ótimo carro de que dispunha do ponto de vista de engenharia. Em pista seca e principalmente em temperaturas mais altas ficava evidente o baixo consumo de pneus da Ferrari e aí levava grande vantagem, mas se a temperatura da pista baixava vinham os problemas.

Se Felipe Massa foi colocado em dúvida no início da temporada, depois de ser lançado como favorito ou final pré-temporada, ao longo do ano recuperou-se. Demonstrou grande evolução como piloto, tanto na pista como fora dela, em suas declarações e atitudes. O GP Brasil veio para coroar o seu ano. Se não veio o título, ganhou seu segundo GP Brasil (em 3 anos de Ferrari) com grande estilo e domínio. Mostrou também que o improvável título no Brasil não era tão irreal assim. A festa da torcida em Interlagos foi demais. Não tenho lembranças das conquistas de Senna no Brasil, mas naquele domingo deu para se ter uma pequena noção de como foi.

Para uma melhor visão de como foi o campeonato, seguem gráficos com a evolução da pontuação de pilotos e equipes.





No mundial de pilotos foi muito boa a disputa entre Hamilton, Massa, Raikkonen e Kubica na primeira metade, revesando-se na liderança. Grande destaque para Kubica. Destaque também para a forte recuperação de Massa depois de não terminar as duas primeiras etapas.

Se Kubica dispunha de equipamento inferior a Hamilton e aos ferraristas, compensava com regularidade. O polonês conquistou sua primeira pole (e primeira da BMW) no Bahrein (3ª etapa) e sua primeira vitória (1ª da BMW) no Canadá (7ª etapa). Ao final daquela etapa, Kubica não só havia conquistado a vitória, mas também a liderança do mundial. A BMW, por sua vez, conseguiu sua primeira vitória e dobradinha na F1, além de pular para o segundo posto no mundial desbancando a McLaren, que só recuperou o posto ao final da 11ª etapa (Hungria). Infelizmente a BMW caiu bastante de produção depois do Canadá e minou qualquer chance de Kubica disputar o mundial de pilotos. De qualquer forma, Kubica conseguiu chegar até a 17ª (penúltima) etapa com chances matemáticas de conquistar o título. Na minha humilde opinião, levando em consideração as diferenças de equipamentos, Kubica deu um verdadeiro coro em Raikkonen, Massa e Hamilton. Foi impressionante o seu ritmo forte e baixo índice de erros mesmo em condições difíceis de pista.

Olhando para o gráfico, fica evidente a extrema perda de rendimento de Raikkonen na segunda metade da temporada. O finlandês cai tanto de produção que perde o terceiro posto para Kubica ao final da 13ª etapa (das 18) e só o recupera na última etapa, quando empata em pontos mas supera Kubica em número de vitórias.

Coloco Alonso, Kubica, Massa, Vettel e Hamilton como os grandes destaque do ano entre os pilotos. Já Raikkonen e Kovalainen entram no hall das decepções.

No gráfico dá para ver bem o espantoso crescimento de rendimento da Renault com Alonso na segunda metade da temporada, chegando a duas surpreendentes vitórias em 2008. Alonso terminou em 5º a frente de pilotos como Heidfeld (BMW) e Kovalainen (McLaren).

Vettel foi outro que, juntamente com a Toro Rosso surpreendeu no ano. Conquistando sua primeira vitória (Monza), assim como a da equipe que outro dia era a Minardi. Terminou o ano em 8º, ficando atrás apenas de Ferrari, McLaren, BMW e Alonso.

Quanto a Raikkonen, depois da conquista do tiulo no ano de estréia na Ferrari, esparava-se no mínimo bons rendimentos e uma forte disputa pelo bicampeonato. Na primeira metade tudo bem, mas depois desandou. Tomara que dê a volta por cima no ano que vem.

Mas minha maior decepção mesmo foi o Kovalainen. Eu não esperava que ele superasse Hamilton, até pelo protecionismo da equipe quanto ao inglês, mas o finlandês passou despercebido durante toda a temporada. Venceu sua primeira e única corrida devido a quebra de Massa na Hungria e terminou apenas em 7º. Estou ansioso pelo que mostrará ano que vem, mas minhas espectativas diminuíram bastante.

Quanto aos brasileiros Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet, o primeiro teve seu ponto alto na molhada Silverstone e o segundo apesar do segundo lugar na Alemanha, foi muito inconstante, abandonando diversas etapas. Piquet terminou em 12º com 19 pontos (Alonso foi o 5º com 61) enquanto Barrichello foi o 14º com 11 pontos (Button foi o 18º com 3). Na minha avaliação Barrichello teve uma boa temporada, se levarmos em consideração o carro de que dispunha, e Nelsinho foi apenas regular. Para o ano que vem, apenas Nelsinho está confirmado e continuará na Renault com Alonso como companheiro. Já Rubens Barrichello ainda não tem contrato e nem uma decisão de sua equipe (Honda). O mais provável é que Rubens deixe a F1.

No mundial de construtores, Ferrari chegou a ser ameaçada pela McLaren, mas no geral dominou todo o ano. Já a McLaren, teve uma disputa mais intensa com a BMW pelo segundo posto. Grande destaque para o crescimento no rendimento da Renault e Toro Rosso na segunda metade da temporada. Com a queda de redimento da BMW, Renault terminou o ano como a 3ª força na F1 e se mantiver a crescente, ano que vem pode colocar Alonso na disputa pelo mundial. Toro Rosso cresceu, mas em um nível menor. Em alguns momentos superava a BMW, mas em outros era superada.

Estou bastante ansioso pelo mundial do ano que vem. Mudanças devem ocorrer nas relações de força entre as equipes, pois as alterações nos carros serão grandes. Para o ano que vem, parece que a Ferrari é que corre contra o atraso, principalmente no que se refere ao KERS (sistema de recuperação de energia cinética). Não fosse ele, diria que tudo continuaria na mesma. Mas com o KERS as coisas podem se complicar e Renault ou BMW, quem sabe, pularem na frente das rivais. Falo nestas duas pelo pontencial que já mostraram neste ano. Vale lembrar que além do KERS, há profundas alterações na aerodinâmica dos carros e volta dos pneus lisos.

Quanto a futuro, não necessariamente 2009, estou ansioso para ver como a F1 erá evoluir com as mudanças no carro. Será que finalmente teremos ultrapassagens? Torcendo para as reduções nos custos da F1 não desfigurarem a categpria. Sonhando com a possibilidade de Massa tornar-se campeão. Na expectativa pela evolução da carreira de Hamilton, Kubica, Vettel, Alonso, Lucas Di Grassi, Bruno Senna, ...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

10 anos de F1

A seguir vídeo produzido pela ITV, que transmite a F1 no Reino Unido há 10 anos. Foi transmitido antes do GP Brasil. Ano que vem a transmissão será feita pela BBC por lá.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Loeb conquista o 5º título em 5 anos na WRC

É impressionante o domínio do francês na WRC. Desde 2004 venceu todos os mundiais.

Hamilton venceu o mundial com ultapasagem na última curva

Ontem sim, empregava bem o "haja coração" do Galvão Bueno. A corrida foi complicada pela chuva no início e no final. Era emocionante pela decisão do mundial. Mas no geral foi bem chatinha. Houve alguma emoção no início, mas logo ficou naquela lenga lenga de sempre sem emoção.

Até que São Pedro decidiu aparecer no final. Inicialmente com uma chuvinha fraca, mas que foi aumentando. A três voltas do final Hamilton mantinha-se campeão com uma 5ª posição, o mínimo que precisava no caso de vitória de Massa. Eis que Vettel pressiona e com uma certa ajuda de kubica, retardatário, consegue ultrapassagem. Faltando pouco mais de 2 voltas para o final, Massa lidera com tranqüilidade e Hamilton é 6º. Opa ... se terminar assim, Massa é campeão mundial. Interlagos vira uma loucura. A torcidade delira e o Brasil inteiro também, imagino. A sua frente, Hamilton tem 5 carros em condições semelhantes de pneu e a chuva apertando. A exceção fica por conta de Glock, o 4º, este decidiu manter o pneu para pista seca. Glock conclui a penúltima volta com uma vantagem de 15 s perante Hamilton. Mas com um pneu para pista seca já detonado e a chuva aumentando, a situação complica bastante. Fica difícil de manter o carro na pista. Massa cruza a linha de chegada conquistando a vitória. Naquele momento era campeão, mas Hamilton não poderia passar ninguém. Glock fica em situação cada vez mais complicada e daí na última curva Vettel e Hamilton o ultrapassam. Glock termina a 6s de Hamilton na 6º posição.

Foi um final de semana incrível para Massa com a conquista da pole, melhor volta e vitória. Não poderia se esperar mais do brasileiro, que tentava descontar 7 pontos no mundial para ficar com o título. Deve-se levar em consideração as condições da corrida ontem. Mesmo com a chuva no início e no final e as conseqüentes mudanças de condições na pista, Massa manteve o ritmo forte e a liderança na corrida só foi perdida momentaneamente nas paradas de boxe. Seu ritmo era forte inclusive com pista molhada. Não cometeu erros e quando parecia acabado, a pouco mais de 2 voltas para o final, o imponderável aconteceu. Criou-se a situação em que Massa seria o campeão. Pena que na última curva, Hamilton conseguiu retomar a 5ª posição.

Os títulos de manchetes dos jornais e de post em blogs manipulam os fatos e fazem crê que o título esteve na mão de Massa durante boa parte da corrida ontem. Isso não condiz com a verdade. O que realmente aconteceu foi que em 68 das 71 voltas Hamilton fez uma corrida fria e inteligente. Fez o que deveria fazer para conquistar o título. Acontece que o imponderável aconteceu no final e criou-se uma situação favorável a Massa. Deixando de existir tal situação apenas na curva final para Hamilton.

Para estas 3 voltas final chamo a atenção para 2 fatos. Primeiro a atuação de Kubica na ultrapassagem de Vettel. Ainda não revi a cena, mas fiquei impressionado com a atitude do polonês e a falta de punição e comentários pela crítica especializada. Kubica era retardatário e fez uma ultrapassagem em Hamilton. O atrapalhou e Vettel aproveitou o momento. Momentos antes ainda, kubica tinha aproveitado o momento em que Hamilton o dava uma volta para realizar ultrapassagem em outro carro que abria para a passagem de Hamilton. O outro fato é a decisão da Toyota em não trocar os pneus no final. Supreendeu a McLaren e foi fator determinante para a criação da situação em que Massa teria o título.

A situação pode até ter criado uma certa sensação de frustração para Massa, sua família e a todos os torcedores. Mas a conquista de Hamilton era o esperado. Hamilton conquistou o título merecidamente pela regularidade no ano. Massa e a Ferrari perderam o título, não ontem, mas pelos erros no decorrer do ano. No final, o brasileiro deixou uma boa impressão. Lança-se, mais do que nunca, como forte candidato a título e torna-se cada vez mais um ídolo nacional.

Destaque ontem para o bom desempenho de Alonso e Vettel. As Toyotas também mandaram muito bem no final do semana, mas no final tomaram algumas decisões erradas e o resultado não refletiu este bom desempenho.

BMW e Kubica foi quem ficou no final da temporada e principalmente ontem.

No mundial de pilotos, Hamilton venceu com apenas 1 ponto de vantagem para Massa. Raikkonen conseguiu igualar os 75 pontos de Kubica e tomou a 3ª posição do polonês no mundial por ter mais vitórias. Alonso conseguiu tirar a 5ª posição de Heidfeld, espetacular. Kovalainen, uma das grandes decepções no ano, ficou apenas com a 7ª posição. Vettel surpreendeu a todos e ficou com a 8ª. Piquet terminou na 12ª posição com 19 pontos e Barrichello terminou em 14º com 11.

No mundial de construtores, a Ferrari foi a campeã, seguida por McLaren e BMW. Com uma impressionante recuperação, a Renault foi a 4ª, impondo uma expressiva vantagem de 24 pontos para a Toyota. Outra surpresa no ano foi a Toro Rosso, que cresceu demais no segundo semestre com o novo carro. Desbancou a equipe principal da Red Bull e terminou o ano na 6ª posição com 39 pontos, 10 a mais que a Red Bull (7ª). Completando a tabela, aparecem em seguida Williams, Honda e Force India. Esta última não pontuou.

Esquecendo um pouco a tabela, o mundial terminou com McLaren e Ferrari com os melhores carros e um certo equilíbrio. BMW caiu de desempenho, sendo superada por Renault e Toro Rosso, nesta ordem. Toyota deve altos e baixos no decorrer do ano. Williams no início chegou a impressionar, mas logo mostrou que estava fraca. Red Bull caiu de produção durante o ano. Honda e Force India não fizeram lá muita coisa.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A hora da decisão está chegando

A última etapa do ano na F1 está prestes a iniciar, amanhã começam os treinos livres. Veja a programação a seguir.

Sexta: Treino livre às 10h e às 14h.
Sábado: Treino livre às 11h e classificatório às 14h
Domingo: Largada às 15h.

Há muita espectativa em todo o mundo porque os mundiais ainda estão abertos. No mundial de pilotos Hamilton e Massa ainda disputam. Há grande vantagem para Hamilton com 7 pontos a mais. No mundial de construtores Ferrari e McLaren ainda disputam. Agora com grande vantagem para a Ferrari, que tem 11 pontos a mais.

Fora às disputas pelo título ainda há outras disputas em jogo. No mundial de construtores, por exemplo, BMW ainda tem chances matemáticas de tirar o segundo posto da McLaren, Red Bull tentará ultrapassar a Toro Rosso, mas pode perder terreno para a Williams. No mundial de pilotos, Kubica tentará concluir a temporada com a manutenção do 3º posto, enquanto que Raikkonen o tentará tomar para si. Da 5ª a 7ª posição, Heidfeld, Alonso e Kovalainen disputarão melhores posições na tabela. vettel (8º) tentará manter-se a frente dos pilotos da Toyota.

Os brasileiros Nelsinho Piquet (12º) e Rubens Barrichello (14º) também tentarão fazer bonito em casa. Este, que talvez seja o último de Rubinho na F1, deverá ser bem complicado para Rubinho. Seu carro não anda nada bem e precisaria descontar 6 pontos para chegar em Rosberg, o 13º. Já Nelsinho deve ter um final de semana bem mais tranqüilo. O piloto está em 12º na tabela com 19 pontos e tem Webber e Glock a sua frente, respectivamente com 21 e 22 pontos. Com o bom momento do carro e da equipe Renault neste final de temporada, não é difícil de se imaginar Nelsinho terminando a temporada no 10º posto.

Com as chances de Massa tornar-se campeão, há uma grande euforia no país para o GP. Esta é apenas a segunda vez na história da F1 que um piloto local chega a última etapa com chances de tornar-se campeão em casa. Antes só no mundial de 1950.

Tenho acompanhado as declarações de Massa durante a semana e é notório sua felicidade e maturidade com que encara esta oportunidade. Ele e Ferrari demonstram ter os pés no chão quanto a real possibilidade de conquista no mundial de pilotos, mas mantêm-se centrados na tentativa de fazer o máximo daquilo que seja a equipe fazer, uma vitória com dobradinha. Depois é esperar pelo resultado de Hamilton.

Apesar do péssimo desempenho da Ferrari na China, estou bastante ansioso e espero por uma grande apresentação de Massa, como foram em 2006 e 2007. Anos em que o piloto brasileiro correu pela Ferrari em Interlagos. Com pista seca, acredito ainda em superioridade da Ferrari. Mas as previsões apontam para chuva em todo o final de semana, daí é que vem o problema. Na temporada, a McLaren tem demonstrado ter um equipamento superior para condições de pista molhada. Massa, por sua vez, correu mal em Silverstone nestas condições, mas fez uma grande apresentação na difícil pista de Mônaco. Com chuva deve privilegiar a McLaren, mas por outro lado pode ser a grande oportunidade para Massa. Um pouco de sorte com safety car pode fazer com que haja uma embaralhada no grid e crie as condições necessárias para o brasileiro.

Agora é esperar e torcer bastante. As lembranças do ano passado são bem animadoras.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tobby entrevista Lewis

Enquanto não acontece o GP Brasil vamos aproveitar um pouco para tirar onda do Hamilton. Não estou jogando a toalha quanto a Massa, mas as chances para ele são bem reduzidas. Então ...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

E na Malásia, deu Rossi mais uma vez

Mesmo com a conquista do título por antecipação Rossi parece que ainda não está satisfeito com a temporada. Na Malásia, penúltima etapa do ano, Rossi venceu mais uma vez.

Pedrosa foi o segundo e Stoner o 6º. Apesar do fraco resultado, Stoner garantiu o vice na temporada.

A última etapa será disputada em valência, na Espanha no dia 26/10.

Na China, Hamilton domina com sobras

- A McLaren, pelo menos com o Hamilton, sobrou durante todo o final de semana. Dominou em todos os treinos, na classificação e na corrida. Hamilton fez a pole, venceu com tranqüilidade e ainda fez a melhor volta. Se já tinha uma mão na taça, agora a segunda já está quase lá. Agora são 7 pontos de vantagem. Basta chegar no Brasil em 5º e não precisa se preocupar com qualquer outro resultado. Tem a faca e o queijo em suas mãos, agora basta ter cabeça fria para garantir o título.

- Massa, que também briga pelo título, foi quem ficou devendo desta vez. Na classificação foi apenas o 3º, atrás de Hamilton e Raikkonen. O grande detalhe é que, na corrida ficou claro, Massa estava 1 volta mais leve que os que largaram a frente. Péssimo desempenho, neste momento, para quem tenta conquistar o título. Chegou em 2º, com a permissão de Raikkonen para ultrapassá-lo no final.

- Kubica, o último piloto na briga pelo título, ficou pelo caminho na China. Classificou-se mal, fez uma boa corrida, mas não consiguiu um resultado capaz de manter as chances matemáticas de chegar no Brasil com possibilidade de tornar-se campeão. Largou apenas em 11º e chegou em 6º. Com o resultado, Kubica manteve-se em 3º na tabela. Não tem mais chances de avançar no mundial de pilotos e matematicamente, apenas o Raikkonen com 6 pontos de desvantagem pode ultrapassá-lo na tabela.

- Independentemente de 3º ou 4º ou ainda de não chegar ao Brasil com chances de título, Kubica e a BMW fizeram uma temporada fantástica. Acredito que em nenhum momento, até o início da temporada, havia passado pela cabeça do membro mais entusiasta da BMW que a equipe além de conquistar a prometida primeira vitória conseguiria lograr tanto êxito nas tabelas. No mundial de pilotos ficará em 3º ou 4º com Kubica e de 4º a 7º com Heidfeld. No mundial de construtores, encontra-se em 3º, mas ainda pode ultrapassar a McLaren.

- Para o Brasil (última etapa), Massa precisa chegar em 1º e torcer para o Hamilton chegar no máximo em 6º ou chegar em 2º e Hamilton no máximo em 8º para a conquista. Qualquer outro resultado, Hamilton vence. Gostei dos comentário de Massa ao final da corrida na China, disponível no blog do Felipe Motta.

- Se a McLaren, com Hamilton, é a grande favorita para o mundial de pilotos, no mundial de construtores a história é outra. Devido a má temporada de Kovalainen, a equipe encontra-se em 2º com 11 pontos de desvantagem perante a equipe italiana, além de ainda haver a possibilidade de perder o posto para a BMW.

- Quanto a corrida em si, foi extremamente chata. Uma largada ultraconservadora. Hamilton, Raikkonen e Massa mantiveram a posição e fizeram filinha para contornar a primeira curva. Depois disso, Hamilton seguiu abrindo quase que durante toda a prova. O ápice de emoção na corrida ficou por conta de Alonso e Kovalainen, que largaram em 4º e 5º respectivamente.

- Logo no início da corrida Kovalainen partiu para cima de Alonso. Chegou a ultrapassar, mas Alonso deu o troco logo em seguida. Depois disso Alonso deu um passeio durante toda a corrida. Se não atacou mais ninguém, também não chegou a ser ameaçado. Kovalainen por outro lado apagou, só apareceu em mais duas ocasiões: uma com um pneu furado e outra recolhendo o carro nos boxes.

- O outro momento de destaque na prova foi a inversão de posições entre Massa e Raikkonen. Esta já era previsível.

- Além das boas corridas de Hamilton e Alonso, destaca-se também o bom desempenho de Heidfeld (largou em 9º e chegou em 5º), Kubica (11º, 6º), Glock (12º, 7º) e Nelsinho (10º, 8º). Barrichello fez uma boa corrida com o limitado carro da Honda. Largou em 13º e chegou em 11º. Button, seu companheiro largou em 18º e chegou em 16º, a frente apenas da Force India de Fisichella.

- O mundial de pilotos agora segue apenas com Hamilton (94 pontos) e Massa (87) na disputa pelo mundial. Kubica (75) e Raikkonen (69) ficam na briga pela 3ª posição. Heidfeld (60) manteve-se na 5ª posição. Alonso com o bom resultado de ontem subiu mais uma posição e agora tem 2 pontos de vantagem para Kovalainen e 7 de desvantagem para Heidfeld. Pelo andar da carruagem, estas primeiras 7 posições deve se manter no Brasil. As maiores chances de mudança ficam por conta da subida de uma posição para Raikkonen, e alguma chance de mundança entre Heidfeld, Alonso e Kovalainen.

- No mundial de construtores estão Ferrari (156), McLaren (145) e BMW (135) nas três primeiras posições. Acredito que assim termine o mundial, sem alteração nesta ordem.

- Renault (72) garantiu o 4º posto na temporada e dispõe agora de um carro melhor que a BMW. A equipe francesa não tem mais chances matemáticas de mudar de posição na tabela.

- Toyota (52) é a 5º. Toro Rosso (34) é a sexta e demonstra ter um bom carro. Está atrás da Renault no momento, mas já briga com BMW. Em alguns momentos mostra-se até superior a equipe alemã.

- Red Bull (29) é a 7ª e apesar de ainda ter chances de alcançar a irmã pobre (Toro Roso), no Brasil, duvido muito que aconteça. Williams (26) e Honda (14) são outras que devem permanecer onde estão depois de concluída a etapa do Brasil. Force India segue sem marcar pontos.

- Sobre as discussões acerca de mudanças para o futuro na F1, falou-se muito na questão da introdução de um motor padronizado em 2010, devido a declaraçãode Mosley sobre redução de custos na categoria. Não boto a menor fé nisso. Sei da importância e acho que a F1 tem de reduzir mesmo os seus custos astrômicos, mas o grande diferencia da categoria está na inovação. Sendo assim, é vital para ela manter o desenvolvimento na mão de cada construtor. Fora isso, as montadoras, maioria dentre as equipes, perderiam todo o interesse em manter-se na F1.

- Fora isso muito tem se falado acerca das regras para o safety car e sobre a severidade nas punições durante as corridas. Sobre o safety car as regras devem mudar para o ano que vem com a introdução de mecanismos para regular a velocidade dos carros e a retirada do fechamento dos boxes. Sobre as punições, os pilotos clamam por comissários fixos na temporada e a entrada de ex-pilotos dentre os comissários. Acho que ambas as coisas seriam interessantes.

- Já estou ansioso pela temporada do ano que vem. Com as grandes mudanças na aerodinâmica dos carros devido às restrições e a introdução do KERS, acho que o grid pode sobrer uma bela embaralhada.

- Outra coisa que estou achando interessante são as discussões acerca de mudanças nas programação do final de semana. Há a possibilidade de um grande prêmio para o treino de sexta, o que o deixaria mais animado. Há a possibilidade também de um ponto extra para o melhor tempo no Q2. Há também a possibilidade de eliminação do reabastecimento durante a prova.

- O grande prêmio do Brasil, último da temporada, ocorre dia 2/11. São apenas 2 semanas. Uma dica para quem for a Interlagos e ainda não reservou hotel, corra. Ano passado eu cai na besteira de deixar para última hora e tive bastante dificuldade, ou não havia vaga ou o valor havia subido muito como fosse alta temporada.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

F1: Cingapura e Japão

Só para não passar em branco e para eu não ficar em cima do muro, alguns comentários sobre as provas de Cingapura e do Japão.

- Impressionante a capacidade de Alonso. Confesso que não vou muito com a cara do espanhol. Admito que é um grande piloto, mas as "frescuras" dele quanto a atenção da equipe e os diversos momentos em que ele lava a roupa suja na imprensa me deixam com um pé atrás quanto a ele. Não precisa nem falar do ano de 2007 quando enfrentou diversos problemas na McLaren. Lembrem-se dos maus momentos do final de 2006, quando a Renault não estava rendendo bem e Schumacher vinha tirando a diferença de uma forma alucinada. Alonso descia a lenha na equipe. Isso eu acho que acabava com toda a motivação da equipe.

- Impressões a parte, tecnicamente Alonso vem mostrando mais do que nunca toda a sua capacidade. Impressionante sua duas vitórias seguidas com um carro que vinha enfrentando tantos problemas desde o ano passado.

- Em Cingapura podem alegar que a sorte foi o grande determinante para o resultado. Concordo. Mas agora no Japão mostrou ritmo e estratégia para conquistar a vitória. Mostrou também que a Renault conseguiu dar seu pulo do gato e dá sinais de estar a frente da BMW. Teve apenas um pouco de sorte no início quando pulou de 4º para segundo, mas ultrapassou Kubica na estratégia e no ritmo de corrida.

- Não há dúvidas de que Alonso ficará na Renault para o ano que vem. Depois de confirmada a manutenção da dupla na BMW, não sei o porquê das outras equipes ainda esperarem por uma resposta de Alonso.

- É bastante impressionante o fato de Alonso ter somado 35 pontos nas 6 últimas provas, enquanto que Hamilton e Massa fizeram apenas 26 e 25, respectivamente.

- Sobre o incidente envolvendo Massa na primeira parada em Cingapura, não há o que comentar. A Ferrari insiste para jogar o título fora e se Massa for campeão será por seus próprios méritos.

- Sobre Cingapura, um cenário fantástico, mas um circuito fraco. Torciam para a chuva. Ela não veio, mas veio Nelsinho errando sozinho e destruindo sua Renault no muro. Incidente, inclusive, que foi o principal fator para a vitória de Alonso lá. Muito se especulou sobre a possibilidade da equipe ter planejado isso. Eu não acredito. É muita viagem. Nelsinho foi mal e Alonso teve muita sorte. Acho que a F1 caminha na direção errada quando se preocupa em impressionar pelo cenário e não pela competição em si. A preocupação de quem organiza deveria estar em criar circuitos que permitissem ultrapassagens. Outra questão que me incomoda é a falta de respeito com quem compra os ingressos e vai ao circuito. A direção da F1 já deu diversas mostras de que a preocupação está com os europeus que assistem a F1 em suas TVs de LCD ou Plasma no aconchego de sua casa. Palhaçada.

- Quanto ao GP do Japão, o maior protagonista foi sem dúvida Hamilton. Mais uma vez deu sinais de sua inesperiência e afobação. Largou em uma posição extremamente privilegia por ser pole e Massa apenas o 5º. Hamilton e McLaren deveriam ter em mente que não precisavam vencer e nem mostrarem domínio. Bastava chegar na frente de Massa. Pois o inglês com seu ímpeto de dominador não aceitou perder posição para Raikkonen na largada e partiu para cima. Quando percebeu que tinha a primeira curva logo a frente fritou tudo. Teve de usar a grama para contornar a curva e gerou a maior confusão para todo mundo. Ali Kubica e Alonso, nesta ordem, pularam para a frente. Hamilton conseguiu alinhar logo atrás.

- Algo que havia passado despercebido a mim na largada foi a movimentação de Kovalainen. Só prestei atenção quando revi as imagens com um alerta do Ivan Capelli. Observem que é ele quem provoca a maior parte do tumulto muda completamente seu traçado para atacar às Ferraris. Ele vinha por dentro da curva e vai fazer ela lá por fora, Jogando o carro para cima de Raikkonen e atrapalhando também a Massa que vinha logo atrás.

- Outro ponto crítico que só vi depois de terminada a corrida foi a queda de Hamilton da 3ª para a 6ª posição ainda na primeira volta. Isso não apareceu na TV, na cobertura ao vivo. Logo depois de cair para 3º, Hamilton parte para cima de Alonso. Este, por sua vez, fecha a porta e Hamilton vai para a grama de novo. Lance muito parecido com o que houve no Brasil ano passado.

- Depois de todas estas lambanças, aí sim justifica-se Hamilton partir para cima. Massa agora está a sua frente, imediatamente a frente. Hamilton mais leve, tem mais velocidade. Na segunda volta, força a barra e Massa faz uma curva bem aberta permitindo a ultrapassagem de Hamilton.

- Acontece que a próxima curva vinha logo em seguida e era para o lado de Massa. O brasileiro, este não tem nada a perder por estar atrás na tabela, é abusado e tenta retomar a posição de forma bem agressiva atacando a zebra. O resultado é bem conhecido, aquela cena com a Ferrari (de Massa) e a McLaren (de Hamilton) alinhadas em sentidos opostos. Massa dá sorte de nada acontecer a seu carro e de seguir em frente. Hamilton, por sua vez, fica ali com o carro virado para o lado contrário e tendo de esperar para que todos os carros passem. Quando consegue voltar a correr já é o último.

- Logo em seguida vêm as punições para ambos (Hamilton, pela largada, e Massa pelo incidente com Hamilton). As punições foram justas? Bem, isso tem que visto por dois aspectos: esportivo e segurança. Hamilton colocou praticamente a todos os pilotos em risco no momento da largado com sua atitude. No âmbito esportivo, não vejo grande problema. Foi abusado desnecessariamente diante de sua posição na tabelas, mas não vi grande deslealdade como as vistas em diversos outros momentos. Quanto a Massa, do ponto de vista esportivo foi desleal ao retomar a posição tocando no carro do adversário e o fazendo cair de 5º para a última posição. Do ponto de vista de segurança vejo como algo menor. Já que as velocidades estavam bem reduzidas e estavam praticamente "isolados" naquele momento. Acho que estas punições foram justas, mas estranho a forma como estão punindo com rigor este ano. Bem diferente de outras situações. Vejo também uma grande preocupação em equilibrar o número de punições para um lado e outro, dentre aqueles que disputam o título.

- Depois disso, a corrida ficou bem centrada na disputa das 3 primeiras posições entre Kubica, Alonso e Raikkonen. Fora isso o que mais chamou a atenção foi o desempenho de Massa no decorrer do restante da prova. Massa impôs um forte ritmo para chegar a zona de pontuação. Uma vez que Hamilton muito provavelmente não pontuaria, qualquer pontinho seria um grande resultado. Massa fazia volta mais rápida em cima de volta mais rápida. Fez diversas ultrapassagens, sendo a mais ousada a que fez sobre Webber no final da reta de largada, quando praticamente foi espremido no muro pelo australiano.

- Fora isso, Massa, ainda envolveu-se em mais um incidente. Desta vez com Bourdais, quando este saía dos boxes e Massa vinha muito rápido por ter pouquíssimo combustível. Bourdais saiu e não mudou de direção ou reduziu o ritmo. Massa forçou para tentar tomar a posição e terminaram por se tocar. Bourdais seguiu como se nada tivesse acontecido. Massa deu uma meia rodada, mas voltou em seguida. Como foi no final da prova, a decisão ficou para depois. Bourdais foi punido com o acrescimo de 25s. Assim, Massa que terminou em 8º ganhou mais uma posição e um ponto. Esta punição eu não achei justa. Se alguém deveria levar punição, este era Massa. Por mim, não seria punição nem para um lado e nem para outro.

- Outro destaque nesta prova foi Nelsinho, que largou em 12º e chegou em 4º, na frente das Toyotas. É importante salientar que a Renault briga diretamente com a Toyota pela 4ª posição no mundial. Nelsinho ainda chegou a disputar a 3ª posição com Raikkonen, mas deu uma escapada e decidiu garantir a 4ª posição.

- Se inicialmente a disputa ficou entre Kubica e Alonso pela primeira posição. Com Alonso assumindo a primeira posição com uma parada rápida na primeira rodada de reabastecimento e troca de pneus. Depois disso impôs o ritmo forte para não perder a posição para Kubica. No final a disputa foi entre Kubica e Raikkonen pela 2ª posição, como Nelsinho também incomodando um pouco até dar uma escapada. Apesar de Raikkonen ter um carro melhor, Kubica defendeu-se muito bem e manteve-se em 2º.

- Depois de 16 etapas de um total de 18, apenas 3 pilotos brigam pelo título: Hamilton (McLaren, 84 pontos), Massa (Ferrari, 79 pontos) e Kubica (BMW, 72 pontos). O título está completamente em aberto e qualquer um dois 3 têm chances reais de conquista. Claro que Hamilton tem alguma folga nos pontos, mas esta não é uma garantia de nada. Massa vem em grande fase, está apresentando ritmo forte de corrida e pouquíssimos erros. Se a Ferrari ajudar não cometendo erros, tem grandes chances. Kubica por sua vez é o mais regular. Tem um carro inferior, mas pode ser beneficiado por incidentes envolvendo Massa e Hamilton.

- Na disputa pelo título, Kovalainen e Raikkonen têm papéis de destaque, mas ambos vêm em uma má fase. Ajuda maior pode vir de Alonso, que apesar de preferir Kubica campeão, diz que vai tentar ajudar a Massa na conquista. Não falo em Heidfeld, para ajudar Kubica, porque este nem sequer é mais citado de tanto que está apagado nas corridas.

- Do jeito que vão as coisas, vejo grande possibilidade de Alonso terminar a temporada na 5ª posição da tabela. É atualmente o 7º com 48 pontos. A sua frente há Kovalainen com 51 e Heidfeld com 56. Chegar em Raikkonen já seria mais complicado. O finlandês soma 63 pontos e espero que ainda some alguns pontos dos 20 que restam.

- Vettel e a Toro Rosso é que têm me impressionado. Vettel soma 30 pontos e é o 8º na tabela. A Toro Rosso soma 34 e é a 6ª. a frente da irmã rica Red Bull (29), da tradicional Williams (26) e da poderosa Honda (14). Detalhe: a Toro Rosso até pouco tempo atrás era chamada Minardi. Lembram algo desta equipe?

- No mundial de construtores, Ferrari retomou o primeiro posto depois de cair com o incidente de Cingapura. Soma 142 pontos e está 7 a frente da McLaren. BMW vem 14 atrás da equipe italiana.

- Renault, por sua vez, dá fortes sinais de que cumprirá a meta de terminar no 4º postos. Soma 66 pontos e já abriu 16 pontos para a Toyota.

- O próximo GP é o da China, neste final de semana. Brasil encerra a temporada, no dia 2 de Novembro.

Na MotoGP, Valentino Rossi sobra

O comentário demorou, mas Rossi não. Faltando 3 provas para o final da temporada Valentino Rossi garantiu o título com mais uma vitória, desta vez em Motegi no Japão. Assim conquistou o 6º título na principal categoria da Moto Velocidade, além de 2008 conquistou os títulos de 2002 a 2005 e o de 2001 das 500cc (categoria que deu lugar a MotoGP). O cara é muito bom.

Depois do Japão já houve a prova da Austrália, onde Stoner foi o vencedor com grande domínio. Porém o protagonista continuou sendo Rossi. O italiano levou um tombo e ficou sentido dores no pescoço o final de semana inteiro. Classificou-se em 12º e na corrida arrebentou. Chegou em 2º porque faltou tempo hábil para chegar em Stoner. Mais algumas voltas e passava.

Neste final de semana ocorre a etapa da Malásia e dia 26 de Outubro acontece a última etapa, que será em Valência na Espanha.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Alguns tópicos sobre F1

Ainda estou devendo comentários sobre o GP de Cingapura e sobre a conquista do título da MotoGP pelo Rossi. Espero fazer em seguida. Estou meio enrrolado no momento. Por enquanto algumas coisas que achei interessante.

1) No www.formula1.com há uma enquete sobre quem você desejaria ver substituindo o Vettel na Toro Rosso. Surpreendentemente, Bruno Senna está na frente com mais de 57%, Sato aparece em segundo com quase 27% e Buemmi surge com mais de 15%. Só há estas três opções. Parece que o pessoal mundo afora bota mais fé no Bruno que a gente, talvez. Há a chance também do resultado estar sendo influenciado por um elevado número de brasileiros votando. Torço demais para o Bruno Senna. Quero vê-lo detonando tudo na F1. Acho ele simpático e gente boa pelo pouco que pude ler e ouvir sobre ele. Mas, ainda parece despreparado para a F1. Esperava um pouco mais de consistência dele no campeonato da GP2 este ano. Talvez mais um ano na GP2 o faça bem. Li sobre esta enquete no blog F1Girls, que recomendo fortemente.

2) A seguir um áudio do Di Grassi falando sobre aspéctos técnicos da F1 para Felipe Motta da Jovem Pan. É bem bacana. http://200.98.194.26/blogs/f1/2008/10/01/di-grassi-o-comentarista-nobre/

3) A seguir um texto do Felipe Motta sobre o Alonso. Gostei bastante. Até porque sou um que não vai muito com a cara do espanhol. http://200.98.194.26/blogs/f1/2008/10/01/fernando-alonso-visto-de-perto/

4) A seguir um comentário muito oportuno do Ivan Capelli sobre as regras da F1 para safety car. A regra do box fechado é muito tosca, isso a gente já sabia. Mas, eu em particular, não tinha atentado para o detalhe da vantagem em infringir as regras no momento adequado. Acho que isso vai se tornar uma prática comum e a FIA vai mudar isso rapidinho. Só não concordo em simplesmente aumentar a punição. Acho muito tosco este esquema de fechar a entrada dos boxes. http://blogdocapelli.blogspot.com/2008/09/quando-burlar-regra-bom-negcio.html

5) Fala-se muito da séria ameaça à Nelsinho Piquet na Renault. Especula-se fortemente que Di Grassi assumiria seu lugar e que Briatori teria oferecido Nelsinho para a Toro Rosso. A equipe italiana teria pedido muito dinheiro para aceitá-lo.

6) Rubinho é outro que tem sua vaga ameaçada, na Honda. Caso Alonso for para lá, a coisa vai se complicar para o lado do brasileiro.

7) É ... parece que o rapaz do "pirulito" da Ferrari é apressadinho a muito tempo, não foi apenas com Massa agora. http://fabioseixas.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-28_2008-10-04.html#2008_09-29_15_26_19-11074102-0

8) Sobre o julgamento da segunda da semana passada, Tatiana Cunha da Folha (única representante da imprensa brasileira por lá) fala um pouco sobre os bastidores e sobre as polêmicas declarações de Hamilton. http://200.98.194.26/blogs/f1/2008/09/30/bastidores-do-julgamento-da-fia/. Há momentos em que é muito melhor ficar calado. Hamilton é sem dúvidas muito bom em pilotagem, não o colocaria como o melhor na atualidade. Mesmo que fosse, não precisa falar isso.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Falta muito pouco para Rossi

Depois de mais uma vitória, desta vez em Indianápolis com chuva, Rossi abriu 87 pontos para Stoner e 94 para Pedrosa. Faltam apenas 4 etapas (Japão, Austrália, Malásia e Valência) e apenas 100 pontos são disputados. Se sair do Japão com mais de 75 pontos na dianteira acabou. Como podem ver, nem precisa vencer para isso.

Para completar, seu principal rival (Stoner), vem enfrentando problemas com uma antiga lesão no punho, que voltou a abrir e pode levá-lo a uma cirurgia e, assim, perder o restante da temporada.

Pantano é campeão

Não teve jeito. Nem Bruno Senna e nem Lucas di Grassi conseguiram superar o Giorgio Pantano. Já no sábado (1ª bateria), vencida pelo brasileiro Lucas di Grassi, o italiano garantiu o título deste ano e sagrou-se o 4º campeão na categoria aos 29 anos. Diferentemente de Nico Rosberg, Lewis Hamilton e Timo Glock, os campeões anteriores, Pantano não está tão cotado para uma vaga de titular na F1 no ano seguinte a conquista da GP2. Pesam muito contra ele a idade avançada e o fato de seu desempenho não ter agradado a F1 em 2004, quando correu pela Jordan.

Bruno Senna mostrou bons desempenhos durante o ano em algumas etapas. Deu azar em algumas e correu mal em outras. No geral ficou um pouco a sensação de decepção. Esperava um pouco mais dele, mas vejo que tem muito potencial. O que lhe falta é um pouco mais de tempo de experiência. É complicado. Está completando 24 anos e os 10 anos fora das pistas vão pesar muito em sua carreira. Tomara que consiga boas oportunidades e tempo para mostrar evolução. Torço bastante por ele. Quanto ao ano que vem, ainda não há nada decidido. Bruno falou que tem propostas para a F1 de Wiliams, Toro Rosso, Toyoto e BMW. Especula-se que seriam propostas para titular nas 2 primeiras e piloto de testes nas 2 seguintes. Se for para a F1, certamente o melhor caminho é para ser titular independente da equipe. Bruno não afasta a possibilidade de mais 1 ano na GP2. O problema de ficar na GP2 é que ficará a pressão de ter de ser o campeão, pois caso não seja deve ser taxado de incompetente.

Quanto a Lucas di Grassi, este foi sem dúvida o nome do ano na categoria. Não disputou as 3 primeiras etapas, 6 primeiras baterias, e terminou a apenas 1 ponto de Bruno (vice-líder) e a 13 de Pantano (líder). O grande detalhe é que correu para a Campos, uma equipe intermediária. Se no ano passado, quando foi vice, foi criticado pela falta de ousadia, neste ano mostrou tal ousadia e a competência de sempre. Caso eu fosse dono de equipe e estivesse pensando em contratar, certamente Lucas di Grassi seria a minha aposta e para onde iriam meus investimentos. Foi o melhor na temporada e não deixou dúvidas de que poderia ser campeão neste ano. Pena que a decisão de correr na GP2 demorou muito para ser tomada, pois a priori seria apenas o piloto de testes da Renault. Quanto ao ano que vem, ainda não se fala muito sobre possibilidades para a F1. Como escrevi, o pessoal não olhava muito bem para Lucas. A melhor oportunidade que vem se apresentando seria a possibilidade de substituir Nelsinho na Renault. Vamos observar para ver o que acontece. Gostaria de ver Lucas na F1. Melhor seria se Nelsinho não saísse, mas ... vamos ver.

A 1 ponto de Lucas ficou Grosjean, o 4º. O francês, que venceu a série asiática no início do ano, era apontado como favorito - assim como Bruno - no início da temporada para a série principal (européia), teve um ano muito discreto.

F1 em Cingapura

Acho que, assim como eu, muitos estão ansiosos pelo próximo GP. Não bastasse ser a 15ª etapa de um total de 18 com um campeonato super disputado e total aberto até o momento, vide a diferença de apenas 1 pontos entre os líderes, é a primeira corrida noturna na história da F1 e a primeira corrida no circuito de rua de Cingapura.

Alguns pilotos e dirigentes têm mostrado certa preocupação com segurança. Estão certos na preocupação, mas acredito que não haverão problemas. A Indy faz isso a muito tempo e não é problema. É só mais um item para agregar ao espetáculo. Espero que o circuito não seja chato que nem foi Valência. Tomara que realmente permita ultrapassagens. Para completar ainda mais há grandes chances de pista molhada, mais uma vez neste ano.

A seguir um vídeo bem bacana da Red Bull, que tem me surpreendido bastante no esporte e na questão de marketing. O vídeo mostra um pouco do circuito.



Agora é esperar para ver. O GP está marcado para daqui a 1 semana.

domingo, 14 de setembro de 2008

GP histórico com Vettel e Toro Rosso na frente

- Como não poderia deixar de ser, o GP italiano desta temporada fica marcado pela primeira pole e primeira vitória do jovem piloto alemão Sebastian Vettel, assim como de sua equipe, a pequena Toro Rosso.



- Vettel manteve um ritmo forte durante toda a corrida, desde o início com pista molhada até o final com pista seca. Impressionante a diferença de 12,5 s ao final da corrida para a McLaren de Heikki Kovalainen.



- Vettel tornou-se recordista em três quesitos este final de semana, ao se tornar o piloto mais jovem a conquistar um pódio, a conquistar uma pole e a conquistar uma corrida. O primeiro dos recordes pertencia a Button (Honda) e os outros dois a Alonso (Renault). Ele tem 21 anos. Será que conquistará o recorde de piloto mais jovem a conquistar um mundial? Tem três anos para isso. Acredito que se tornará campeão, mas não sei se neste curto período. Talento tem bastante, mas é preciso de oportunidade também para isso. O recordista atual neste quesito é o bicampeão pela Renault, Fernando Alonso.

- Vettel assumiu o 9º posto na tabela do mundial de pilotos, com 23 pontos, e pode sonhar até com uma 7ª posição ao final da temporada. Trulli e Alonso estão a sua frente, o primeiro com 3 pontos a mais e o segundo com 5 pontos. Matematicamente é possível chegar até mais longe, mas é algo pouco realista.

- Antiga Minardi, a Toro Rosso conquistou resultado extremamente expressivo hoje e já desponta na 6ª posição da tabela com 1 ponto a mais que equipe principal da Red Bull. A Red Bull e Toro Rosso dispõe de um chassi semelhante, projetado pelo competente Adrian Newey, o responsvel pelos carros vencedores de Williams e McLaren na década passada. A maior diferença entre os carros das duas equipes encontra-se no motor. A Toro Rosso corre com um motor Ferrari e a Red Bull com um motor Renault.



- Red Bull é inclusive a equipe pela qual Vettel correrá ano que vem. Tomara que não tenha sido um passo errado.

- Com o feito, a Toro Rosso tornou-se a primeira equipe não-Ferrari a vencer com um motor Ferrari. No dia anterior tinha feito o mesmo no quesito pole.

- Além de Vettel, Kubica e Hamilton fizeram corridas fantásticas depois de uma qualificação decepcionante. Ambos chegaram 8 posições a frente da qual largaram. Kubica conquistou mais um pódio na temporada com sua 3ª posição.

- Kubica apareceu muito pouco durante as transmissões hoje, mas saiu de uma 11ª posição para a 3ª e, pela ausência de imagens, suponho que com ultrapassagens limpas, diferentemente das do inglês. Com o resultado diminuiu em 3 pontos a diferença para o vice-líder, Massa, que agora é de 13 pontos. Manteve-se na 3ª posição e aumentou para 7 pontos a vantagem perante Raikkonen.

- Hamilton, como não poderia deixar de ser, foi bastante agressivo e partiu para cima logo no início da corrida. Ultrapassou Raikkonen sem grandes dificuldades e continuou a avançar. Só não teve um resultado melhor porque a pista secou e com sua estratégia de 1 parada apostava na chuva prometida pela meteorologia. A chuva não veio e foi obrigado a fazer uma segunda parada, extra de acordo com o planejado. No final chegou em 7º, uma posição atrás de Massa.

- Impressionante também é a forma como Hamilton volta a confundir facilmente agressividade e arrojo com pilantragem. O que foi aquilo nas ultrapassagens sobre Glock e Alonso? A manobra para cima de Glock foi suja e absurda, tão quanto desnecessária. Sobre o incidente com Webber, acho que o piloto da Red Bull é que estava errado. Forçou demais para fazer uma ultrapassagem por fora e quando tocou em Hamilton ainda estava um pouco atrás dele.

- Hamilton que por sinal andou falando muita besteira nas entrevistas de quinta, ainda puto com a punição da etapa anterior (Bélgica). Começou bem quando disse que estava superior a Raikkonen na condição de chuva no final da prova, mas perdeu-se quando disse que faltou "coragem" ao finlândes para guiar e atacar as curvas naquelas condições. Errou também quando criticou os outros pilotos dizendo que é fácil falar quando não se disputa vitórias.

- Foi bastante ironizado com o resultado de ontem na classificação depois das declarações de se tratar de um piloto de "coragem" e muito "foda" na pista molhada. Sua soberba foi tamanha que arriscou um pneu intermediário no Q2 enquanto todos os outros iam com pneu para chuva pesada. Não conseguindo guiar, foi trocar pelo pneu para chuva pesada. Eis então que começa a chover mais pesado e ninguém mais melhora o tempo.

- Com bons desempenhos também aparecem Alonso e Heidfeld, 4º e 5º depois de largarem em 8º e 10º. Alonso assumiu a 7ª posição na tabela do mundial, tomando o posto de Trulli, que agora está com desvantagem de 2 pontos. Heidfeld, que parece que voltou a boa forma, manteve-se na 5ª posição, mas já encosta em Raikkonen, que tem apenas 4 pontos de vantagem.

- Sobre os destaques negativos da prova, não poderia deixar de citar Coulthard, Honda e Raikkonen. Coulthard fez lambança para tudo que é lado e criou diversas variações para o circuito de Monza. Honda voltou a apresentar desempenho muito fraco, mesmo em uma situação em que poderia tirar alguma vantagem. Button foi o 15º e Barrichello o 17º.

- Raikkonen, que tinha recebido uma visita (mais para puxão de orelha) do chefe (Montezemolo) nos treinos de Monza, foi bem nestes treinos e foi fantástico no GP da Bélgica. Lá só errou no final em uma situação extrema e quando brigava pelo tudo ou nada. Nesta semana foi anunciada a sua renovação de contrato, estendendo o compromisso com a Ferrari até 2010. Agora que parecia recuperado, volta a perder desempenho. Classificou-se apenas em 14º e na corrida não passou de 9º, sequer pontuou. Continua na 4ª posição da tabela e vê Hamilton, líder, abrir 21 pontos de vantagem. Restam, agora, apenas 40 pontos em jogo.

- Quanto à Kovalainen e Massa, estes apresentaram desempenho abaixo do esperado, mas também não fizeram besteira e até avançaram no mundial.

- Depois de um forte desempenho ontem na classificação e tendo em vista que na largada teria a frente apenas uma fraca Toro Rosso, cheguei a pensar em uma vitória até que tranqüila do finlandês. Não foi o que vimos. Ficou ali em 2º o tempo todo. Se não foi ameaçado, também não ameaçou em momento algum. Correu o risco, caso viesse a chuva, até de chegar atrás de Hamilton, que havia largado em 15º, com o mesmo carro.

- Vettel, Kovalainen e Kubica formaram o pódio mais jovem da história da F1. Pódio este bastante interessante por reunir os 3 primeiros que venceram a primeira vez na F1 este ano.

- Com a largada com safety-car não foi possível aproveitar muito bem este momento. Quando o safety car saiu na abertura da 3ª volta, manteve a posição e logo partiu para cima de Nico Rosberg. Chegou rápido e fez uma ultrapassagem até surpreendente por sua forma de pilotar na chuva. Juntamente com a equipe decidiu devolver a posição por considerar que correria o risco de punição por cortar chicane, como aconteceu com Hamilton na Bélgica. Achei que foi excesso de zêlo e que ali não houve problema. Perdeu ali um tempo precioso que pode sim ter afetado o resultado final. Os problemas começaram na 1ª rodada paradas nos boxes. Massa foi um dos primeiros a parar e com a chuva quem largou da 11ª para trás estava preparado para 1 parada apenas. Juntando isso ao tempo que perdeu na devolução da posição a Rosberg, saiu dos boxes logo atrás de um pelotão de carros que largaram atrás, logo atrás de seu companheiro. Perdeu ali mais um tempo precioso. Depois disso deu sorte com a segunda parada de Hamilton, forçada pela chuva que não voltou, e se não conseguiu tomar a 5ª posição de Heidfeld e a 4ª de Alonso logo a frente, pelo menos conseguiu segurar o Hamilton nas voltas finais e reduziu para 1 ponto a diferença entre eles.

- Para completar os que potuaram, Webber. Largou em 3º e terminou em 8º. Chegou a disputar com Hamilton pela 7ª posição, mas não conseguiu nada além de um toque de rodas com o inglês e passar reto na chicane.

- Bourdais foi quem deu um baita azar hoje. Largava em 4º e tinha uma boa oportunidade de fazer outra boa apresentação. Não conseguiu largar junto com os outros e ficou para trás. Terminou a frente apenas de Sutil.

- O brasileiro Nelsinho Piquet foi mal. Largou em 17º e chegou em 10º.

- No mundial de pilotos a situação continua aberta, mas cada vez mais e mais apontando para uma disputa restrita a Hamilton e Massa. A diferença entre eles é de apenas 1 ponto neste momento que já foram disputadas 14 etapas e faltam apenas 4 com 40 pontos em jogo. Não há como apontar um favorito entre eles. Hamilton parece ser um piloto mais completo, mas em muitos momentos arrisca desnecessariamente jogar um mundial fora por ganhos mínimos. Massa por sua vez, que sempre foi um piloto rápido em volta lançada, este ano vem mostrando um grande crescimento ao apresentar ritmo forte em corridas inteiras e deixando de cometer erros. Tem conseguido lidar bem com as adversidades e lida melhor com as situações onde tem desempenho inferior. Está certamente em sua melhor fase.

- Kubica vem em 3º com 13 pontos a menos que Massa. Tem chances matemáticas, mas não dispõe ainda de um carro que o permita lutar pelo mundial. Caso confirme o 3º posto será mais um grande resultado no ano.

- Raikkonen está cada vez mais longe da manutenção do título. Com 21 pontos a menos que o líder, quando restam 40 em disputa, está em situação melhor que a do ano passado, é verdade. Tinha 17 pontos a menos quando faltavam apenas 20 em disputa, mas a situação era outra para Raikkonen, que crescia no mundial, e para McLaren de Hamilton e Alonso.

- No mundial de construtores destaque para a aproximação perigosa da McLaren sobre a Ferrari. A equipe italiana ainda está na dianteira, mas parece que não vai ser por muito tempo. Tem apenas 5 pontos de vantagem. Destaque para Renault, que empatou em número de pontos com a Toyota e deve disputar com ela o 4º posto até o final.

- Próximo GP é em Cingapura. A estréia do circuito de rua e a primeira corrida noturna da F1. Tomara que não seja chata como Valência.

sábado, 13 de setembro de 2008

Treino complicado e Vettel e Toro Rosso surpreendem

Como já era esperado, pelas previsões meteorológicas, o treino classificatório foi debaixo de chuva. Nestas condições, os resultados normalmente surpreendem. Foi o que aconteceu.

Viu-se uma Red Bull muito forte, conquistando 3 postos dentre os 4 primeiros e com direito a pole-position. Vettel conquistou sua primeira pole-position e a primeira da Toro Rosso. É um grande resultado, mesmo com as regras atuais para a classificação. Espero que tenha um bom desempenho amanhã também. Vettel tem se mostrado um piloto muito bom e que promete ser um forte oponente no futuro, caso possua um carro que o permita lutar por vitórias. Para ano que vem terá uma pequena evolução. Sairá da Toro Rosso para a equipe principal da Red Bull.

O companheiro de Vettel na Toro Rosso, Bourdais, parece mesmo ter se achado, depois de um primeiro semestre muito fraco tem mostrado um boa forma desde o GP da Bélgica (o anterior) e conquistou o 4º posto no grid para o GP da Itália. Webber da Red Bull alinha em 3º. Coulthard foi o único piloto da Red Bull que foi mal e ficou no Q2. Sairá amanhã da 13ª posição.

Quem surpreendeu também foi Kovalainen, pelo ótimo desempenho no treino classificatório, em condições bastante adversas. Marcou o melhor tempo do treino já no Q1. No Q2 ficou atrás apenas de Vettel e por muito pouco. No Q3 conquistou a segunda posição na primeira fila do grid.

Surpreendeu também o péssimo resultado conquistado por Hamilton e Raikkonen. O inglês da McLaren larga apenas na 15ª posição e Raikkonen largará uma posição a frente. Tiveram asar em não conseguir marcar um bom tempo no início do Q2 e depois ficou impossível. Quem se salvou por muito pouco no Q2 foi Massa. O brasileiro foi o único, dentre aqueles que estavam na faixa de corte, que conseguiu fazer uma volta boa o suficiente para garantir sua vaga no Q1 quando a situação da pista piorou.

Massa largará na 6ª posição. Terá à sua frente, na mesma fila, Rosberg (Williams) e na fila detrás terá Trulli (Toyota) e Alonso (Renault). Glock (Toyota) e Heidfeld (BMW) completam os 10 primeiros. Kubica (BMW), terceiro no mundial, largará apenas na 11ª posição.

Os outros brasileiros na prova foram muito mal. Rubens Barrichello, que costuma correr muito bem na chuva, é apenas o 16º. Explicou que houve algum problema de comunicação com a equipe e não conseguiu fazer com que dessem mais asa dianteira. Nelsinho (Renault) largará logo atrás.

A corrida promete fortes emoções. Hamilton (líder) e Raikkonen (4º) forçaram tanto quanto puderem por melhores posições. Vale lembrar também que, os grandes protagonistas no último GP (Bélgica), largaram lado a lado. Massa, por sua vez, também tentará conquistar o máximo de pontos que puder e aproveitar a oportunidade ao máximo para retomar a liderança no mundial e, quem sabe, até abrir alguma vantagem. Terá de ser agressivo ao mesmo tempo que cuidadoso, para não jogar fora a vantagem que terá amanhã.

Para completar o cenário, há chances de chuva para amanhã no horário da corrida. O site weather.com aponta 60% de possibilidade de chuva.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Apesar de vitória apertada, Castroneves é vice-campeão na Indy

Como já era de se esperar, pela larga vantagem de Dixon (Ganassi) em Chicago (última etapa da Indy em 2008), o neozelandês Scott Dixon ficou com o título na Indy este ano. O brasileiro Hélio Castroneves venceu a etapa por apenas 0s0033 e foi necessário até análises das imagens da chegada para tal veredito. Dixon foi o segundo e Ryan Briscoe (companheiro de Hélio na Penske) o terceiro. O brasileiro Tony Kanaan chegou na quarta posição e garantiu o terceiro posto na tabela.

Sobre a polêmica do GP da Bélgica

Sobre a polêmica do GP da Bélgica, depois de ver e rever as cenas e depois de muito ler e ouvir comentários sobre o assunto, chego a conclusão de que a punição foi perfeitamente correta. Não analiso a questão, como vi em diversos dos comentários, se Hamilton iria ou não ultrapassar o Raikkonen. Acho que não há dúvidas que até o final da corrida ele passaria. Raikkonen claramente tinha dificuldades em guiar naquele momento e não teria como segurar até o final. A questão foi a forma que Hamilton ultrapassou, tivesse deixado Raikkonen contornar a curva na frente e atacado logo em seguida tudo estaria bem.

Gosto muito do ímpeto de Hamilton em querer sempre atacar e tentar ultrapassagens. Isso é muito bom para a F1, o automobilismo e o esporte em geral. O que me incomoda muito no Hamilton é a forma como ele, em alguns momentos, faz isso. Para ele muitas vezes não importa os meios e sim o resultado. Em diversos momentos vi ele fazendo ultrapassagens de forma extremamente desleal. Não se pode confundir agressividade com deslealdade. Um piloto ser agressivo é algo bom, mas não desleal.

Concordo plenamente com os comentários de Mário do Fórum Downforce.

Ultrapassando as palavras: "O Caso Hamilton"

É chato ver o campeonato sofrer interveções externas, mas regras existem e devem ser cumpridas. Erro dos comissários eu vi sim no julgamento do incidente envolvendo Bruno Senna na bateria de sábado na GP2. O incidente foi muito parecido com o de Massa no GP de Valência. Bruno ainda deu passagem para o oponente assim que o viu.

Para se divertir um pouco com o incidente. Muito boa a charge do Bruno Mantovani sobre o incidente mais polêmico neste ano na F1.

domingo, 7 de setembro de 2008

Na GP2 Bruno Senna perde grande oportunidade

O brasileiro Bruno Senna, vice-líder na temporada da GP2 perdeu uma boa oportunidade nesta etapa. Conquistou a pole, mas foi punido durante a corrida e chegou apenas em 12º na primeira bateria. Na segunda Pantano (o líder) não pontuaria por punição devido a incidente na primeira. Senna envolveu-se em acidente com Buemi e abandonou a prova. Di Grassi foi o quinto.

No final das contas, conseguiu reduzir em apenas 2 pontos a diferença para Pantano. Chega a etapa da Itália (a última da temporada) com 9 pontos de desvantagem. Vale lembrar que a pontuação máxima que pode fazer no final de semana é 20 pontos. O título é ainda matematicamente possível, mas na prática extramamente difícil.

Raphael Matos é campeão na Indy Lights

O brasileiro Raphael Matos chegou em 3º na última etapa do mundial em Chicago e garantiu o título na Indy Lights.

A brasileira Bia Figueiredo (ou Ana Betriz) chegou em segundo na etapa e garantiu o terceiro lugar no mundial.

GP tumultuado com Kimi surpreendendo e Hamilton sendo punido

O GP começou com Hamilton, Massa, Kovalainen e Raikkonen alinhados, nesta ordem, nas primeiras posições do grid. Na largada sem chuva, mas com pista molhada, Kovalainen saiu mal e Raikkonen tomou logo seu posto. Em seguinda o finlandês da Ferrari ainda partiu para cima de Massa, mas quando chegou a curva, não dava. Espalhou. Foi lá fora na área de escape e conseguiu retornar ainda em 3º. Kovalainen, que também espalhou, não teve a mesma sorte e caiu para o meio do pelotão.

Raikkonen então não perdeu tempo e partiu para cima de um extremamente cauteloso Massa, que não ofereceu qualquer resistência. Raikkonen partia agora para cima do então lider da prova, Hamilton. O inglês errou quando completava a 1ª volta, rodou e perdeu o posto para Kimi, mas conseguiu manter-se a frente de Massa. Agora dos 4 só restavam 3 e mesmo assim só 2 lutavam efetivamente pela vitória. Massa não era atacado, mas também não atacava. Hamilton com um carro melhor no circuito belga conseguia manter-se próximo a Raikkonen, mas não havia tentativa de ultrapassagem. Durante boa parte da corrida este foi o cenário.

Chegou o primeiro pit stop e Hamilton foi o primeiro a parar. Raikkonen parou na volta seguinte e Massa na outra. Acabada a primeira rodada de paradas, continuava a mesma coisa. Chegou a segunda rodada. Raikkonen e Hamilton pararam na mesma volta. Massa parou 3 depois e tudo continuou como estava. A diferença agora era que Hamilton começava a aproximar com perigo de Raikkonen. Massa agora também se aproximava, mesmo que sem perigo, dos 2. Antes a diferença só aumentava.

Eis que começa a choviscar faltando pouquíssimas voltas para o final. Raikkonen perde muito rendimento e Hamilton parte de vez para cima. Dá uma escapada e parece que vai ficar quieto, mas muda de idéia e parte parte para cima de novo. Em uma das tentivas de ultrapassagem, passa reto numa chicane para não colidir com Raikkonen. Saí a frente do finlandês e para não ser punido deixa Raikkonen ultrapassar, mas em seguida já ataca e conquista a posição. Hamilton erra mais a frente e Raikkonen retoma o posto. Logo em seguida é a vez de Kimi errar, só que desta vez não tem retorno. A corrida, e provavelmente o campeonato, acabou ali para o finlandês. Neste momento restam apenas Hamilton e Massa dentre aqueles 4 que lutavam pela vitória em Spa, ambos decidem não colocar pneus para chuva e concluem a prova com todo o cuidado. Não enfrentam ataques porque já tinham conquistado larga vantagem.

Kovalainen que havia caido na classificação no contorno da primeira curva, iniciou uma prova de recuperação muito forte logo em seguida. Fazia ultrapassagem em cima de ultrapassagem, até que numa destas empolgou-se demais e colidiu com Webber. Levou sorte em não quebrar a asa dianteira, mas além do tempo perdido com as manobras para voltar para a pista foi punido com uma passagem pelos boxes. Sua corrida, que já estava bem complicada, foi para o brejo. A uma volta do final ainda abandonou, mas pelas imagens não deu para perceber se por acidente ou falha mecânica. Terminou em 10º.

Com a corrida de hoje ficou clara a superioridade da McLaren em Spa. Raikkonen só conseguiu passar a maior parte do tempo a frente de Hamilton pelo erro do inglês no início e por coseguir manter um ritmo muito forte durante toda a prova. Raikkonen fez uma corridaça depois dos maus desempenhos que vinha apresentando. Foi uma grande infelicidade e certa injustiça não ter vencido. Escapou onde qualquer um poderia ter escapado, não foi por imperícia. O pessímo resultado não refere-se somente ao âmbito do GP, mas sim ao mundial. Sua situação agora fica bastante complicada. São apenas 50 pontos em disputa nas 5 etapas restantes (Itália, Cingapura, Japão, China e Brasil). O finlandês está agora à 19 pontos do líder. Manter o título mundial ainda é possível, porém extremamente complicado.

Apesar de cruzar a linha em primeiro com grande competência e um pouco de sorte também, Hamilton foi punido com um acrescimo de 25 segundos ao seu tempo de corrida devido ao lance da ultrapassagem sobre Raikkonen. Os comissários entenderam que Hamilton foi privilegiado com o incidente. Vale ressaltar que Hamilton não deixou Raikkonen concluir a ultrapassagem completamente e ainda mudou de direção diversas vezes enquanto tentava tomar a posição de Kimi. Não gosto muito destas intervenções externas no mundial, mas compreendo a interpretação dos comissários. Com isso caiu para a 3ª posição.

Depois de um GP bem apagado Massa saiu-se extremamente fortalecido. Para quem via a diferença (que era de 6 pontos) para o líder aumentar (hora para 8, hora para 10) e a diferença para o terceiro no mundial (que era 7) encurtar (hora para 3, hora para 5), terminou com mais uma vitória e a apenas 2 pontos do líder, Hamilton. Na terceira posição agora está Kubica com 16 pontos de desvantagem perante Massa. Pesa a favor de Massa hoje o fato de estar no segundo GP com o mesmo motor. Lembrando que nos dois últimos GPs os motores Ferrari nesta situação estouraram. Tomara que não volte a ocorrer até o final da temporada.

Mas este GP não foi só de grandes apresentações de Raikkonen e Hamilton. Heidfeld e Bourdais também apresentaram grande desempenho. Ambos estavam devendo boas apresentações e ainda não têm contrato garantido para o ano que vem. Heidfeld fez o 5º tempo na classificação e fechou o pódio. Herdou a 2ª colocação depois da punição de Hamilton. Bourdais classificou-se em 9º com direito ao melhor tempo no Q1. Na corrida cruzou em 7º devido a um certo azar com a chuva. Fez prova muito boa e o resultado final não condiz com o desempenho apresentado.

Alonso e Vettel também fizeram boas corridas e chegarm em 4º e 5º respectivamente. Kubica foi o 6º e Webber foi o 8º. Kubica por sinal foi outro piloto bem apagado no final de semana, principalmente se levarmos em conideração o ótimo desempenho de seu companheiro, Heidfeld.

Os brasileiros Nelsinho Piquet e Rubens Barrichello não concluíram a prova. Nelsinho bateu sozinho na 13ª volta e Rubinho abandonou depois de enfrentar problemas com o câmbio.

O campeonato agora segue com Hamilton em primeiro com 76 pontos, seguido de perto por Massa com 74. Kubica é o terceiro com 58 e Raikkonen tem 57. Cada vez mais parece que a briga pelo título ficará mesmo entre Hamilton e Massa. Agora com apenas 2 pontos de diferença entre os dois então é que a briga promete ser muito emocionante. Não há como dizer que leva o título. Estão virtualmente empatados nos pontos e com carros que se alternam em desempenho a cada GP.

Vale observar a tomada do 5º posto na tabela, que pertencia a Kovalainen, por Heidfeld. Alonso permanece em 8º, mas agora está a apenas 3 pontos de Trulli. Vettel com o resultado de hoje assumiu a 11ª posição.

No mundial de construtores a briga continua muito apertada também entre Ferrari e McLaren. A equipe italiana agora está com 12 pontos de vantagem para a equipe inglesa. BMW tem 12 de desvatagem para a McLaren e já não oferece tanto risco. O desempenho não é o mesmo do primeiro semestre. Toyota continua em 4º, mas Renault se aproxima. Agora está a apenas 5 pontos. Com os ótimos resultados de hoje, Toro Rosso pulou para a 7ª posição (empatada em número de pontos com a Williams) e se mantiver o bom desempenho que vem apresentando nas 2 últimas etapas, ameaça o 6º posto da irmã Red Bull.

A próxima etapa é o GP da Itália em Monza na semana que vem.

domingo, 31 de agosto de 2008

Di Grassi vence mais uma e Bruno mantém vice-liderança

Giorgio Pantano liderava a primeira bateria quando abandonou por pane seca nos últimos metros. Bruno Senna também enfrentou problemas com pane seca bem no finalzinho da prova. Conseguiu concluir a etapa quase parando, mas caiu de uma 4ª posição (com a pane seca de Pantano) para a 9ª. Caso tivesse chegado na 4ª posição teria diminuído a diferença para o líder. Estaria a apenas 4 pontos ao final da primeira bateria. Talvez tenha perdido aí sua última grande chance de vencer este mundial. Outro azar foi terminar em 9ª. Caso tivesse chegado em 8º, largaria em 1º na segunda bateria. O brasileiro Lucas Di Grassi foi o 4º, enquanto seu companheiro de equipe, Petrov, venceu a primeira bateria.

Di Grassi venceu a segunda bateria depois dos líderes (Luca Filippi e Romain Grosjean) colidirem. Foi a segunda vitória do brasileiro na temporada. A primeira foi na Hungria (1ª bateria). Di Grassi já é o 3º no mundial com 51 pontos, lembrando que o brasileiro foi vice na temporada anterior e deixou de disputar as 3 primeiras etapas desta temporada. Ele não correria a GP2 este ano. Seria epnas piloto reserva da Renault, mas devido às restrições na F1 decidiu voltar a correr na GP2 para manter a forma e tentar chamar a atenção das equipes da F1 e quem sabe ser um piloto titular da categoria ano que vem. Pantano cruzou a linha de chegada em 3º na segunda bateria e abriu a diferença para o vice-líder. Senna abandonou na 8ª volta, quando estava em 4º (Pantano era 6º). Rodou sozinho e abandonou. Pantano agora tem 13 pontos de vantagem perante Bruno Senna. Nesta bateria, o brasileiro Diego Nunes largou em 10º, ganhou 5 posições e conquistou seus primeiros pontos na categoria.

São 10 etapas no total com 2 baterias cada. Só faltam 2, Bélgica (Spa) e Itália (Monza). Giorgio Pantano lidera o mundial com 71 pontos. Bruno Senna é vice-líder com 58. Lucas Di Grassi é o 3º com 51, enquanto que Romain Grosjean é o 4º no mundial com 42 pontos.

Segue comentários de Bruno Senna ao final da da primeira bateria em Valência na Espanha.

"Por um lado, foi ruim, porque não consegui aproveitar um problema com o Pantano; por outro, foi bom, já que em condições normais ele ampliaria a vantagem na classificação em mais quatro pontos".

"Na verdade, acho que só dá para lamentar a perda da oitava posição por muito pouco. Com o sistema de grid invertido da categoria, eu largaria na pole amanhã e teria uma enorme chance de grudar nele no campeonato."

"Saímos com 115 litros de gasolina, ou seja, com combustível até a boca. E o consumo costuma ser crítico na maioria dos circuitos. Sempre terminamos a corrida com o tanque quase vazio".

"O que complicou aqui é que a volta de saída dos boxes para alinhamento no grid é muito longa, muito maior que nas outras pistas."

"Hoje, por exemplo, ganhei três posições na primeira volta e depois preferi ficar na minha. O carro está bom. Com algumas pequenas mudanças no acerto, acho que vai dar para terminar bem".

Di Grassi comemora ter chegado em líderes; ouça

F-Superliga estreou em Donington Park

A falada F-Superliga, com equipes do futebol mundial, estreou neste final de semana em Donington Park na Inglaterra. Na categoria competem Corinthians e Flamengo pelo Brasil.

Na primeira bateria os carros das equipes brasileiras abandonaram. Na segunda, Tuka Rocha, que corre pelo Flamengo, chegou em segundo e conquistou assim o primeiro pódio. O carro do Corinthians não terminou. Rodou quando vinha em quarto.

Primeira bateria.
1º. Davide Rigon (Guoan), 41min29s425
2º. Enrico Toccacelo (Roma), a 2s577
3º. Duncan Tappy (Tottenham), a 14s909
4º. Yelmer Buurman (PSV), a 15s305
5º. Adrián Vallés (Liverpool), a 20s184
6º. Andreas Zuber (Al Ain), a 22s996
7º. Tristan Gommendy (Porto), a 23s675
8º. Ryan Dalziel (Rangers), a 24s571
9º. M. Wissel (Basel), a 25s449
10º. Borja García (Sevilla), a 29s431

Segunda bateria.
1º. Borja García (Sevilla), 41min56s268
2º. Tuka Rocha (Flamengo), a 10s074
3º. Adrián Vallés (Liverpool), a 12s224
4º. Nelson Philippe (Borussia Dortmund),a 14s962
5º. Duncan Tappy (Tottenham), a 23s666
6º. Davide Rigon (Guoan), a 24s681
7º. M. Wissel (Basel), a 27s225
8º. Yelmer Buurman (PSV), a 42s915
9º. Tristan Gommendy (Porto), a 54s513
10º. Enrico Toccacelo (Roma), a 57s398
11º. Kasper Andersen (Olympiacos), a 59s946
12º. Andy Soucek (Corinthians), 19 voltas

Farfus venceu primeira bateria na Alemanha

O brasileiro Augusto Farfus (BMW) venceu a primeira bateria na etapa de Oschersleben na Alemanha, a 8ª etapa de um total de 12 na WTCC. Na segunda, chegou em 6º. Somou 13 pontos no final de semana e agora é o 7º no mundial com 43 pontos. Yvan Muller (SEAT) lidera o mundial com 66 pontos.

Stoner cai de novo e Rossi herda mais 1 vitória

É ... este ano parece que não tem jeito de não ser de Valentino Rossi (Fiat Yamaha) na MotoGP. Casey Stoner, atual campeão na categoria, até que vem tentando. A Ducati, sua equipe, tem lhe entregue uma moto superior às concorrentes, tanto que ele normalmente detona em tudo que é teste. Mas chega na hora da corrida, o Rossi dá seus pulinhos. Hora superior à Stoner, hora valendo-se do erro adversário.

Stoner, assim como em Brnno na República Tcheca a 2 semanas, caiu hoje durante a etapa de San Marino em Misano. Neste final de semana, inclusive, Stoner teve de lidar com as dores de uma nova lesão no punho, onde em 2003 já havia fraturado.

Com os resultados até agora, Valentino Rossi abriu uma boa vantagem na tabela. Soma 262 pontos, enquanto o vice-líder (Casey Stoner) soma apenas 187. São 75 pontos de vantagem. Daniel Pedrosa (Repsol Honda), em má fase, tem 185 e Jorge Lorenzo (Fiat Yamaha), voltando a correr bem depois de diversas lesões, tem 140.

Vale lembrar que a temporada tem 18 etapas e que restam apenas 5. A próxima é Indianápolis em 14 de Setembro.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

No novo circuito de Valência Massa domina

Na Hungria Massa fez miséria ao largar em 3º (atrás das 2 McLarens), concluir a primeira curva do GP em 1º e não perder mais esta posição até 3 voltas do final, quando abandonou por quebra de motor. Fez ali, muito provavelmente, seu melhor GP. Pena que o resultado não demonstre isso. Se não vieram os pontos, a conquista veio em forma de respeito. O mundo da F1, sejam pilotos, técnicos, dirigente, imprensa ou expectadores começam a respeitar cada vez mais o piloto brasileiro. Massa por sua vez vai se mostrando ser um piloto em crescimento e maduro. Se era veloz na qualificação, agora está se tornando consistente nas corridas.

No estreante circuito de rua de Valência Massa conquistou a pole, a vitória e ainda marcou a melhor volta na corrida. Apesar do domínio completo, não foi tão tranqüilo quanto parece ser ao se ver o resultado pura e simplesmente. A 12 voltas do final, o motor do carro de Kimi (seu companheiro) estourou e o finlandês abandonou a corrida. Veio a mente do brasileiro as lembranças amargas da etapa anterior quando sofreu o mesmo tipo de revés. O que tranqüilizava um pouco o piloto era o fato de estar na primeira corrida do motor, enquanto que Kimi fazia a segunda corrida com o mesmo motor. Outra preocupação ficou por conta de uma possível punição em um incidente no segundo pit stop de Massa. O piloto fez tudo certinho, porém foi liberado pela equipe ao mesmo tempo em que Sutil passava ao seu lado. Massa e Sutil andaram por algum momento lado a lado no pit lane. No final das contas Massa cruzou a linha de chegada e esperou pela decisão da direção de prova. A punição terminou por ser administrativa, ou seja, uma multa.

Outros destaques positivos da prova ficam por conta de Hamilton - que não conseguindo manter o ritmo de Massa garantiu o segundo posto e a manutenção na ponta da tabela -, Kubica - que voltou a mostrar bom desempenho e retornou ao pódio depois de 5 GPs -, Vettel e Glock. Vettel, que já havia mostrado bom desempenho nos treinos livres, alinhou em 6º e terminou na mesma posição com o fraco carro da Toro Rosso. A equipe por sinal chamou bastante atenção no final de semana ao terminar em 6º e 10º enquanto que a Red Bull (a equipe principal, com mais investimento) terminou apenas em 12º e 17º. Coulthard inclusive foi o último dos pilotos que terminaram o GP. Glock largou em 13º, chegou em 7º e conquistou mais 2 pontos no mundial. Juntando ao fantástico segundo lugar na Hungria e ao 4º no Canadá, o piloto já soma 15 pontos, está em 10º na tabela e facilmente pode chegar a 8º. Alonso e Webber possuem apenas 3 pontos a mais.

Mantendo a constância Trulli (companheiro de Glock na Toyota) chegou em 5º e manteve-se na 7ª posição da tabela com 26 pontos agora. É o primeiro piloto não Ferrari, McLaren ou BMW na classificação do mundial. Rosberg, chegando em 8º, voltou a pontuar depois de 6 provas zeradas. Kovalainen fez uma prova apagada e chegou em 4º. Seu grande momento no final de semana foi a largada, quando ultrapassou o Kimi.

Os brasileiros Nelsinho e Barrichello foram mal. Chegaram em 11º e 16º, respectivamente.

Kimi por sinal vem numa fase complicada. A última vez que venceu foi no GP da Espanha a 4ª etapa. Já foram concluídas 12 das 18 etapas. Enquanto soma 2 vitórias, Hamilton e Massa já possuem 4. No mundial já começa a ficar para para trás está a 13 pontos de Hamilton (líder), e a 7 de Massa. Kimi ainda tem chances de conquistar o bi, mas precisa fazer melhores apresentações para isso. Em Valência, por exemplo, abandonou quando estava em 5º, onde provavelmente iria terminar o GP. No final de semana havia alinhado apenas em 4º. Tinha perdido a posição para Kovalainen na largada e não vinha mantendo um bom ritmo. Na primeira parada, Massa saiu do pit stop na frente de Raikkonen, que ainda iria parar. Raikkonen, sob grande pressão, ainda saiu dos boxes antes do momento. Terminou por perder tempo ao sair com a mangueira de reabastecimento ainda engatada e ainda atropelou um dos mecânicos. O finlandês já começa a ser ameaçado por Kubica, que voltou a apresentar bom desempenho. O polonês está a apenas 2 pontos de Kimi.

Quanto ao circuito em si, decepcionou bastante. O circuito é bonito e veloz, mas não permite ultrapassagens. Salve engano, não houve ultrapassagens em toda a corrida. Esperava mais. Para deixar a corrida mais chata não houve a esperada entrada do safety car, que iria tumultuar um pouco a corrida. Para os torcedores espanhóis a corrida foi ainda pior ao ver Alonso abandonar ainda na primeira volta, quando o japonês Nakajima bateu em seu carro e quebrou a asa traseira.

O mundial de pilotos segue indefinido, mas começa a tormar contornos de uma disputa apertada entre Hamilton e Massa. Kimi tem chances, mas precisa voltar ao seu ritmo habitual rapidamente para isso. Apesar de estar 6 pontos atrás, Massa ganha fôlego com a melhora no desepenho da Ferrari. A preocupação fica por conta da confiabilidade do carro italiano. Como sempre, a chave para o título está nas consistência. O importante é sempre pontuar e, de preferência, chegando no pódio.

No mundial de construtores a McLaren vem tirando a vantagem da Ferrari a passos largos. Faz 4 GPs que a equipe italiana marca menos pontos que a inglesa. A diferença agora é de apenas 8 pontos. BMW está a 25 da Ferrari. Toyota, que vem se formando como 4ª força, tem 55 a menos que a BMW.