domingo, 29 de junho de 2008

Hamilton não perde tempo

Se não tem GP na F1 ele arruma outro lugar para fazer lambança. Hamilton aproveitou o final de semana de folga e aproveitou para participar de uma competição nautica, mas ... bom ... é melhor lê na matéria da Tazio.

Hamilton, agora, se envolve em acidente de barco

Brincadeiras a parte, Hamilton não deixa de ser um bom piloto e é ainda um forte candidato ao título. Apenas está passando por uma fase complicada e precisa colocar a cabeça no lugar.

sábado, 28 de junho de 2008

Red Bulls assumem lugar dos touros em Pamplona

A Red Bull realizou uma apresentação nas ruas de Pamplona com dois carros de F1. A cidade é famosa pela corrida de touros. Veja as fotos no link abaixo.

Álbum de Fotos - UOL Esporte

Não há como negar, o austríaco Dietrich Mateschitz é bem criativo na hora de promover sua marca.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Um pouco sobre os pilotos ferraristas

Nesta semana a revista Veja publicou uma entrevista com Felipe Massa, disponível no seguinte endereço: http://veja.abril.com.br/entrevistas/felipe-massa.shtml.

Achei legal esta história que ele contou.


Estreei na Fórmula 1 em 2002. Em 2001, no ano anterior, trabalhei como piloto do carro de intervenção no Grande Prêmio do Brasil. Ficava numa curva da pista com três médicos para atender as emergências. Em 1999, trabalhei como entregador de comida. O empresário que me ajudava na época, tem restaurantes em São Paulo e forneceu a comida da equipe Bennetton. Ele fazia as compras e mandava entregar para o cozinheiro da equipe. Como eu não tinha credencial para circular em Interlagos, vi naquilo a oportunidade de ter acesso ao autódromo. Com isso, terça, quarta, quinta e sexta eu fui para a pista, circulei nos boxes, vi como eram os carros, a equipe. Mas o jeito de eu entrar era carregando caixas de macarrão, bananas, batatas. Um dia, eu virei para o cozinheiro da Bennetton e disse: "Quem sabe um dia ainda não nos reencontramos?" Ele deu risada. E hoje ele é o cozinheiro da Ferrari. Quando entrei na Fórmula 1, fui até ele e perguntei se ele se lembrava de mim. Quando eu disse para ele que eu era aquele menino da comida, de Interlagos, ele quase teve um troço.


Sobre o Kimi, um amigo envio o seguinte link: http://www.ferrarif1.ro/?p=277. Lá tem algumas das pérolas do finlandês. Famoso por suas respostas evasivas nas entrevistas. Como Kimi sempre fala, o que ele gosta na F1 é de correr e mais nada.

domingo, 22 de junho de 2008

Bruno Senna enfrenta problemas na França

Bruno tinha tudo para abrir uma vantagem na liderança, mas enfrentou problemas com o carro e terminou a etapa da França em 2º à 7 pontos do novo líder, Giorgio Pantano.

O brasileiro fez a pole na sexta. No sábado, mateve a liderança até a 22ª volta, quando teve problemas com a embreagem. Grosjean assumiu a liderança. Na 34ª volta teve problemas hidráulicos e também abandonou. Daí Pantano venceu.

Hoje largou em 23º. Chegou a estar na 3ª posição, mas voltou a ter problemas com o carro. O rendimento caiu e terminou em 5º.

O destaque entre os brasileiros ficou por conta de Di Grassi. O vice-campeão da temporada passada e piloto de testes da Renault na F1, voltou a correr na GP2 nesta etapa e conquistou uma 2ª e uma 4ª colocação, respectivamente na primeira e segunda bateria.

O campeonato agora está assim.

01. Giorgio Pantano - 35 pontos
02. Bruno Senna - 28
03. S. Buemi - 20
04. R. Grosjean - 19

Massa vence e lidera o mundial

Como previsto, passado Mônaco e Canadá, a Ferrari volta a dominar. A equipe mostrou força logo durante os treinos livres. Massa foi o mais rápido nos treinos livres e o mais rápido nas 2 primeiras etapas do treino de classificação, mas no Q3, quando o carro está mais pesado pelo reabastecimento para a corrida, Raikkonen foi melhor superando Massa em apenas 0,041 s. Na verdade poderia ter colocado uma distância maior, mas prefiriu poupar combustível para a corrida.

A impressão que tinha ficado era de que Massa, mesmo tendo cometido erro em sua última tentativa, estava mais pesado que Raikkonen. Tal impressão se confirmou na corrida. Massa parou 2 voltas depois de Raikkonen, ou seja, na classificação tinha um carro mais pesado. Com combustível suficiente para 3 voltas a mais que o companheiro.

Com o carro mais pesado Massa não conseguiu manter a distância para Raikkonen. Manteve sua posição na largada, mas o finlandês abria cerca de 0,3 s por volta. Na primeira parada a distância já era de 4s. Quando Raikkonen parou tentou acelerar o quanto pode para tirar a diferença, mas encontrou tráfego e a distância terminou por subir para mais de 6s. A corrida caminhava para uma vitória tranqüila de Raikkonen quando um dos escapamentos de seu carro simplesmente se soltou. Daí em diante perdeu rendimento e teve muita sorte em terminar a corrida e conquistar 8 pontos.

Se a vitória caiu no colo de Massa desta vez, a liderança do mundial não. Massa depois de péssimas apresentações nas 2 primeiras etapas tem mostrado um desempenho muito bom e tem cometido pouquíssimos erros, marcando 48 dos 60 pontos disputados. Foram 3 vitórias, um 2º, um 3º e um 5º lugar na temporada. É o piloto que mais venceu em 2008 e em apenas 8 das 18 etapas já conquistou o mesmo número de vitórias do ano passado. Do top 4 da tabela, ou seja, dos 4 pilotos que disputam o título era o único que ainda não tinha liderado o mundial.

Mas claro que as emoções do GP não se limitou a disputa interna da Ferrari ou a tensão da equipe pela situação do carro do finlandês. Para uma corrida que prometia ser chata, pois lá não há normalmente muitas ultrapassagens, a corrida foi até movimentada. Principalmente pelo fato das McLarens largarem de trás. Hamilton, que marcou o 3º tempo no classificatório, largou em 13º graças a punição que recebeu pela lambança no Canadá. Kovalainen, que marcou o 6º tempo, foi para 11º por ter atrapalhado outro piloto no treino classificatório.

Pelos péssimos resultados na últimas 4 corridas somando apenas 1 ponto, não se esperava muito de Kovalainen. Já de Hamilton, como sempre, esperava-se que o cara fizesse miséria e até chegasse no pódio. O resultado foi mais lambança de Hamilton e uma boa corrida de Kovalainen. O finlandês da McLaren chegou em 4º e por muito pouco não conseguiu um pódio. Já Hamilton levou punição (entrada nos boxes) por ultrapassar passando reto numa chicane, deu um chega-pra-lá desnecessário em Alonso e segurou Massa quando era retardatário. No final chegou em 10º e pela segunda vez seguida volta para casa sem marcar pontos. Com isso já está 10 pontos atrás do líder e, com um carro inferior à Ferrari, reduz bastante as chances de título.

Outro grande destaque na corrida foi Trulli, que depois de 3 anos volta ao pódio. Desde o GP da Espanha em 2005 não subia ao pódio. Para a Toyota o jejum era de 2 anos.

As decepções do GP ficaram por conta da Honda e da BMW. Na classificação, Barrichello e Button ficaram já no Q1, classificando a frente apenas dos carros da Force India. Barrichello ainda trocou o câmbio e largou na última posição. Na corrida Button abandonou, por sinal o único do GP, e Rubinho terminou em 14º.

Já a BMW não conseguiu fazer seu carro render no circuito francês. Heidfeld ficou no Q2, classificando-se apenas em 12º e largando em 11º graças a punição de Hamilton. Terminou em 13º. Kubica fez o que deu. Largou em 5º, com as punições das McLarens, e manteve a posição. Com isso, perdeu a liderança do mundial, mas a diferença para Massa é de apenas 2 pontos.

Havia uma certa expectativa sobre o desempenho da Renault neste final de semana, mas na corrida desapontou. Com o treino da semana passada em Paul Ricard, quando Nelsinho marcou o melhor tempo, e depois bons resultados de Alonso (4º melhor tempo na soma dos 3 treinos) e Nelsinho (2º) nos treinos livres, quando lideraram o 2º e o 3º treino, respectivamente, chegou-se a cogitar um pódio. Alonso até deu um grande passo nesta direção quando alinhou em 3º no grid, mas na corrida o desempenho caiu e conquistou apenas uma 8ª posição.

Já Nelsinho, que vinha sofrendo com os maus resultados desde sua estréia, finalmente fez uma boa corrida e marcou seus primeiros pontos na F1. Não conseguiu repetir o bom desepenho no treino classificatório e conquistou apenas a 11ª posição, mas com a punição das McLarens largou em 9º. No final isso até o ajudou, pois como não foi para o Q3 pôde escolher melhor sua estratégia de corrida. Os pilotos que vão para o Q3 largam com o combustível que sobrou do treino classificatório. O restante pode reabastecer antes da largada. Fez boa largada, manteve, com bastante competência, a posição quando foi atacado por Kovalainen e Hamilton e, aproveitando-se de uma bobeada de Alonso, ultrapassou o companheiro já no final da corrida, terminando em 7º. Seu único erro foi numa de suas saídas do boxe, quando esbarrou no botão do neutro (o mesmo de Hamilton no Brasil) e perdeu a posição para Kovalainen.

Red Bull, como tem sido rotina na temporada, beliscou uns pontinhos, desta vez com uma 6ª posição de Webber.

Com a conquista de hoje Massa acaba com um jejum de 15 anos. No GP de Mônaco de 1993 Senna venceu e assumiu a liderança do mundial, perdendo-a na corrida seguinte para Prost. Esta é também a primeira vitória de um brasileiro em Magny-Cours pela F1 e a segunda em um GP francês. Nelson Piquet venceu em Paul Ricard em 1985.

Com os resultados na temporada e agora a liderança Massa vai trilhando rumo ao título. Falta muito, ainda nem chegamos à metade da temporada, mas se mantiver o ritmo que vem apresentando até o final vai ser difícil de tirar a liderança dele.

Desde o último título de Ayrton Senna em 1991 o Brasil não conquista um título na F1. Neste período os melhores resultados foram 2 vice-campeonatos de Rubens Barrichello. O melhor resultado de Massa na F1 foi em 2006, quando estreou na Ferrari e terminou em 3º.

O mundial de pilotos agora está assim.

01. Felipe Massa (Ferrari) - 48 pontos
02. Robert Kubica (BMW) - 46
03. Kimi Raikkonen (Ferrari) - 43
04. Lewis Hamilton (McLaren) - 38
05. Nick Heidfeld (BMW) - 28
06. Heikki Kovalainen (McLaren) - 20
07. Jarno Trulli (Toyota) - 18
08. Mark Webber (Red Bull) - 18
09. Fernando Alonso (Renault) - 10
10. Nico Rosberg (Williams) - 8

E o mundial de construtores assim.

01. Ferrari - 91
02. BMW - 74
03. McLaren - 58
04. Red Bull - 24
05. Toyota - 23
06. Williams - 15
07. Renault - 12
08. Honda - 8
09. Toro Rosso - 7
10. Force India - 0

No mundial de construtores a briga também ainda está indefinida com Ferrari, BMW e McLaren na disputa direta. O grupo intermediário mantém-se com Red Bull, Toyota, Williams e Renault. Red Bull e Toyota com uma certa dianteira pela constância no mundial. Williams começou a temporada como grande promessa e conquistando uma 2ª posição com Nico logo na estréia, caiu bastante de rendimento e só está à frente da Renault ainda graças a esta conquista naquela corrida maluna na Austrália. A Renault dava pinta de que iria crescer, que seria a 4ª força e brigaria com a BMW pelo 3º posto, mas até agora, não tem convertido isso em pontos. Acho que a equipe até o momento tem se preocupado mais em conseguir grandes resultados pontuais do que subir na classificação. Honda é outra que tem decepcionado.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

24 horas de Le Mans

Até a largada para as 24 horas de Le Mans muito se falou sobre a Peugeot e sobre o desempenho fantástico de seu carro. Acabada a corrida o grande destaque passou a ser a vitória da Audi na categoria principal (LMP1) com Capello, Kristensen e McNish no comando do carro, que era claramente menos veloz que os Peugeots. Só para se ter idéia o melhor tempo de volta na corrida foi de um Peugeot (o pilotado por Lamy, Sarrazin e Wurz que terminou em 5º) com 3:19.394. O melhor Audi (o pilotado por Luhr, Premat e Rockenfeller que terminou em 4º) fez 3:23.939. Entre eles mais 2 Peugeots com 3:20.600 e 3:21.438.

Seguem os resultados.

01. LMP1 - Audi Sport North America (Capello, Kristensen e McNish)
02. LMP1 - Team Peugeot Total (Gene, Minassian e Villeneuve)
03. LMP1 - Peugeot Sport Total (Montangny, Klien e Zonta)

01. LMP2 - Porsche (Verstappen, Merksteihn e Bleekemolen)

01. LMGT1 - Aston Martin (Brabham, Garcia e Turner)

01. LMGT2 - Ferrari (Jaime Melo Jr, Salo e Bruni)

Tom Kristensen é por sinal o maior vencedor de Le Mans. Tem em seu corrículo 8 conquistas (1997, 2000-2005, 2008).

Ontem, Ricardo Zonta, piloto brasileiro que integrou a equipe Peugeot 3º colocada neste ano, falou ao programa Pit Stop sobre a corrida comentando sobre os problemas que levaram ao fracasso da Peugeot.

"Enquanto os Peugeot davam 11 voltas com um tanque, os Audi completavam 13. Enquanto os Peugeot sofreram na chuva, os Audi foram bem, com os mesmos pneus. Enquanto os Peugeot perderam tempo com estratégias erradas, os Audi foram impecáveis."

Parabéns aos brasileiros Zonta, 3º na categoria LMP1 (principal), e Jaime Melo Jr, vencedor na categoria LMGT2.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Comentários: GP do Canada

- Vitória fantástica de Kubica. Kubica entra para a história como o 99º piloto a vencer na F1, como primeiro polonês a vencer e como piloto a dar primeira vitória a carro BMW.



- Coincidência: a primeira vitória de um motor BMW na F1 foi no mesmo circuito em 13 de Junho de 1982 com Nelson Piquet de Brabham.



- Coincidência 2: ano passado Kubica sofreu o pior acidente de sua carreira exatamente neste mesmo circuito. Parece que o Circuito Gilles Villeneuve é um local que atrai momentos de altos e baixos para BMW e Kubica.

- BMW tem se imposto metas ambiciosas, difíceis e complicadas de cumprir, mas vem logrando êxito com bastante competência. Coisa que equipes com mais recursos e tempo de F1 vêm falhando, por exemplo as nipônicas Honda e Toyota.

- A equipe BMW nasceu da compra da Sauber em 2005. Estreou no ano seguinte (2006) e conquistou o primeiro pódio com Heidfeld na Hungria e dois GPs depois em Monza Kubica também conquista um pódio (o seu primeiro, em sua terceira corrida). Terminou o ano com o 5º lugar no mundial de construtores. Em 2007 continuou a evoluir e firmou-se como terceira força na F1, com mais 2 pódios (ambos de Heidfeld), pontuando em todas as etapas e 2ª no mundial graças a punição da McLaren decorrente do caso de espionagem. Para este ano tinha posto como meta atingir a primeira vitória, que conquistou ontem na 7ª de 18 etapas na temporada. Antes disso, ainda este ano, já havia conquistado a primeira volta mais rápida com Heidfeld na Malásia e a primeira pole com Kubica na etapa seguinte (Bahrein). A meta agora é um título. Mario Theissen (diretor da equipe) diz que é para o ano que vem. Com tudo o que mostraram até agora, eu acredito.



- Família Hamilton, a família quebra-tudo. Em apenas uma semana destruíram um Porsche, uma McLaren e uma Ferrari. Meus parabéns!!!



- Muito tem se falado sobre o erro de Hamilton, uns crussificando-o, outros dizendo que é um incidente de pista. Bom ... em minha opnião não digo que Hamilton vai deixar de ser bom piloto por isso. Cometeu grandes erros, como o de ontem ou o da China e os do Brasil ano passado, mas continua sendo um grande piloto. De qualquer forma o erro foi bizarro, ao mesmo tempo que bobo.

- Diretoria da McLaren criticou a punição a seu piloto (10 posições no grid na próxima etapa) insinuando que a FIA tinha tomado decisão diferente para Raikkonen da Ferrari em evento semelhante em Mônaco. Bom ... concordo com o que falou Raikkonen. Uma coisa é você cometer um erro a 200 Km. Outro é bater na trazeira de outro carro que parou em um sinal vermelho. Sinal este que já era esperado. Massa foi desclassificado ano passado neste mesmo circuito e já neste ano Rubens Barrichello também o foi na Austrália (1ª etapa) em situações semelhantes. Caso Raikkonen não estivesse ali, Hamilton seria desclassificado por ultrapassar sinal vermelhor.

- Concordo que a regra da saída de boxe fechada é bizarra, mas é a regra e enquanto existir os pilotos terão de cumprí-la. Não adianta chorar pelo leite derramado e sim brigar, como vêm fazendo, para realizar mudanças nas regras. O atual entendimento da FIA é de que é mais seguro deixar os carros parados no boxe enquanto os que estão na pista passa.

- Ainda sobre o acidente, foi bastante providencial a trajetória de Hamilton desviando de Kubica e batendo em Raikkonen. Claro que não o acuso de ter planejado. Imagino ter sido uma última tentativa de evitar a colisão. Mas inocente ou não, pensando no campeonato, era melhor tirar Raikkonen que Kubica da corrida. Já que, apesar de ter assumido a liderança, não se imagina que o polonês seja um concorrente tão perigoso quanto o finlandês na disputa pelo título.

- Está de "parabéns" também Nakajima pela capacidade de quebrar a asa dianteira e depois bater na entrada dos boxes ao passar por cima da asa.

- As más lingas têm falado que Raikkonen tem caído de produção devido a maldita cachaça, ou sei lá o que ele bebe. Ele ainda não teria acabado de comemorar a conquista de 2007. Ele não pontuou nas duas últimas corridas e na estréia (Austrália) fez um monte de lambança. O finlandês, que já foi líder nesta temporada, encontra-se na 4ª posição com 7 pontos a menos que o líder. Acho que isso é só conversa.

- Conversa ou não, parece que a Ferrari também entrou na festa. Nas duas últimas corridas tem feito muita lambança também. Em Mônaco cometeu um erro nos procedimentos para a largada no carro de Raikkonen e o levou a uma punição. Em Mônaco também errou duas vezes com Massa. Primeiro alterou a estratégia do brasileiro, então líder na corrida, por uma ousada apostando em chuva. Caso tivesse sido mais conservadora talvez vecesse. Depois demorou demais na segunda parada de Massa e o fez perder também a 2ª posição. Agora errou de novo com o brasileiro e o fez perder uma chance de disputar, pelo menos, o segundo posto.

- Massa entretando não tem muito direito de reclamar da equipe no Canadá. Teve momentos de altos e baixos. Foi bem nos treinos livres e nas duas primeiras etapas do treino classificatório. Superando seu companheiro de equipe nestes momentos e sendo superado apenas por Hamilton, que sobrou em boa parte do final de semana. Mas na hora da verdade, no Q3, não conseguiu fazer um bom trabalho e foi apenas 6º. Na corrida, até o safety car, estava apagado e o máximo que conseguiu foi manter a posição em que largou. Depois disso aí sim voltou a apresentar bom desempenho, quando tinha pista livre, forçou o ritmo, quando não fez ultrapassagens, foi ousado e no final ainda teve cabeça para não arriscar tudo e manter os 4 pontos que havia conquistado. No final, o saldo foi positivo. Era terceiro no mundial com 1 ponto a menos que seu companheiro e 4 a menos que Hamilton (líder até então). Continua terceiro, mas agora tem 3 pontos de vantagem para Raikkonen, está empatado com Hamilton e manteve a distância para o líder (agora Kubica) em 4 pontos.

- Apesar de não completar a prova, Raikkonen ontem conquistou a volta mais rápida. Assim o piloto finlandês superou Jim Clark e passou a ser o 4º piloto em número de voltas mais rápidas da F1. A sua frente está Michael Schumacher (76), Alain Prost (41) e Nigel Mansell (30). Como Raikkonen já tem 29, deve ainda este ano passar Mansell também.

- Rubens Barrichello parece mesmo ter deixado para trás os momentos difíceis. Depois de seu longo período de maus resultados, que culminou em não pontuar a temporada passada, pontuou em Mônaco e agora no Canadá com direito inclusive a liderar parte da prova. Com grande destaque para o ótimo resultado no classificatório (alinhou em 9º), uma vez que tinha claramente um carro ruim para a pista (não rendia nas longas retas). Para a corrida poderia ter feito melhor, mas, com as dificuldades de velocidade do carro (todo o final de semana) e freio (na corrida), além de uma inflamação na garganta, que quase o impediu de correr, Rubinho teve um ótimo trabalho.

- Esta certamente foi a melhor corrida de Nelsinho, apesar da rodada e depois do abandono. Apresentou um bom ritmo e fez boas ultrapassagens. Pelo que li, a rodada que deu teria sido provada por problema nos freios, que depois também o fez abandonar a prova.

- Alonso cometeu erro bobo ao perder o controle do carro quando forçava para ultrapassar Heidfeld. Pior é que a equipe de Heidfeld já pedia para o piloto alemã deixá-lo passar, já que na tentiva de manter a posição estava perdendo muito tempo. Alonso criticou a Renault pela mudança de estratégia quando o safety car entrou. Ele tinha programação para parar 6 voltas depois. Com isso, Heidfeld, que ficou na pista, o ultrapassou e o segurou mesmo com um carro mais lento.

- Erro absurdo o da organização do GP e da FIA por não fiscalizar adequadamente. O asfato estava muito ruim e deterirando-se cada vez mais.

- Com a terceira colocação ontem, Coulthard tornou-se o 4º piloto em número pódios na F1. Ele soma 62 pódios. À sua frente está Michael Schumacher (154), Alain Prost (106) e Ayrton Senna (80). O único piloto que, no momento, ameaça a Coulthard nesta marca é Rubens Barrichello. O brasileiro soma 61 pódios.

- A vitória de Kubica (BMW) quebrou uma longa hegemonia de Ferrari e McLaren. Renault com Alonso havia vencido no Japão em 2006 e desde então, 24 GPs no total, apenas Ferrari ou McLaren venceu. Outra curiosidade foi a ausência de Ferrari ou McLaren no pódio. Desde Málasia em 2006 que não havia um pódio sem Ferrari ou McLaren. Foram 39 GPs.

- Na zona de pontuação tivemos 2 BMWs, 2 Toyotas, 1 Red Bull, 1 Honda, 1 Toro Rosso e 1 Ferrari. Muito incomum ver isso.

domingo, 8 de junho de 2008

Hamilton é punido por acidente

FIA puniu Hamilton e Rosberg pelo acidente em que tirou da corrida não só Hamilton como Raikkonen, até então líder e vice-líder do mundial. O inglês e o alemão irão largar 10 posições atrás da qual classificarem-se para o próximo GP, em Magny-Cours na França daqui a 2 semanas.

Kubica é líder e BMW vice-líder

O polonês depois de tanto insistir, finalmente, conquistou sua primeira vitória. Nesta temporada já vinha fazendo grandes apresentações, mesmo com um carro no geral inferior à Ferrari e McLaren. Sempre mantendo bom ritmo e cometendo pouquíssimos erros, mesmo em condições adversas, já havia consquistado sua primeira pole no Bahrain (1ª da BMW também), além superar, hora Ferrari, hora McLaren. Já havia acumulado 3 pódios (dois 2ºs e um 3º) e dois 4ºs lugares nesta temporada. Só não havia pontuado na Austrália (1ª corrida) porque bateram nele quando estava na zona de pontuação. E está aí o grande segredo de Kubica para estar na liderança, mesmo com um carro inferior. Do top 4 é o único que pontuou em 6 etapas. Os outros pontuaram apenas em 5.

Belíssimo trabalho também de Heidfeld, companheiro de Kubica na BMW. Depois de um 2007 superando Kubica com tranqüilidade, Heidfeld conquistou uma 2ª colocação na Austrália e depois foi completamente dominado pelo polonês nas classificações e nas corridas com rendimento bem abaixo do esperado. Só para se ter uma idéia, hoje, depois de 7 etapas (de um total de 18) Kubica soma 42 pontos e é líder. Heidfeld contabilizou apenas 28 e é apenas o 5º no mundial. Hoje terminou em 2º depois de largar em 8º.

Parabéns para Robert Kubica e parabéns também para BMW pelo belíssimo trabalho que vem fazendo na F1.

Se vocês não acompanharam a corrida devem estar se perguntando: e a McLaren? e a Ferrari? O que aconteceu? Bom ... Hamilton vinha fazendo um grande trabalho desde o início. Foi bem nos treinos livres, no classificatório arrebentou e mostrou que estava sobrando. Largou bem, manteve a liderança e abriu com facilidade no início da prova. Daí se em Mônaco teve sorte com o safety car, agora foi diferente. Adrian Sutil teve probemas e ficou pela pista. O safety car entrou na 18ª volta e toda a diferença conquistada foi jogada fora. Quando os boxes foram abertos Hamilton, Kubica, Raikkonen, Rosberg, Alonso e Massa entraram todos juntos. Observe que até então nas 6 primeiras posições apenas Rosberg havia conseguido ultrapassagem. Foi logo na largada, em cima de Alonso.

BMW e Ferrari trabalharam melhor e Kubica e Raikkonen sairam, na frente, literalmente emparelhados. Eis que a saída dos boxes estava fechada. Kubica e Raikkonen perceberam e pararam lado a lado. Hamilton desesperado para reconquistar o espaço perdido não percebe a desaceleração dos rivais e simplesmente atropela Raikkonen. Resultado? A corrida acabou ali para o inglês e para o finlandês. Rosberg foi outro que se envolveu no acidente, mas apenas teve a asa dianteira quebrada e a substituiu na volta seguinte. Massa e Alonso saíram ilesos.

Ali praticamente a vitória de Kubica estava construída. Mas, claro, não foi tão fácil assim. Kubica teve de manter um ritmo forte durante quase toda a prova para compensar sua segunda parada, que ainda tinha que fazer. Acontece que diversos pilotos só fariam uma parada, como Heidfeld, Coulthard, Barrichello, Trulli e Glock, por exemplo. Todos a sua frente.

Com o abandono dos líderes, Hamilton e Raikkonen, Kubica ainda precisava superar Felipe Massa, que tinha 2 pontos a mais, para assumir a liderança no mundial. Antes eu disse que Massa havia saído ileso do incidente, né? Não foi bem assim. No meio das confusões, Massa, que havia entrado nos junto com Raikkonen, teve problemas no reabastecimento e só conseguiu concluir o procedimento depois de dar mais uma volta e fazer uma nova tentativa. Com isso teve sua corrida bastante prejudicada. Depois de toda a confusão, Massa que vinha fazendo uma corrida bem apagada, parece que acordou e recuperou-se bem chegando na 5ª colocação, com direito a uma bela ultrapassagem sobre Barrichello e Kovalainen. Conseguindo assim superar seu companheiro de equipe no mundial e abrindo 3 pontos de vatagem, além de empatar com Hamilton em número de pontos.

Também fizeram boas corridas Coulthard (largou em 13º e completou o pódio), Glock (largou em 11º, terminou em 4º e marcou seus primeiros pontos na temporada), Trulli (largou em 14º e terminou em 6º) e Vettel que largou dos boxes e marcou 1 ponto. Destaque também para Barrichello, claro, que chegou em 7º com um carro sem rendimento nas retas e marca pontos pela segunda vez consecutiva. Com o resultado também fez com que a equipe ultrapassa a Toro Rosso e colou na Renault, que tem apenas 1 a mais.

Kovalainen fez uma corrida apagada e Alonso destruiu seu monoposto ao perder o controle em uma curva quando disputava posição com o Heidfeld. Por sinal, parece que os dois estão gostando da brincadeira, pelo menos o Alonso sim. Lembrando que em Mônaco o espanhol tentava ultrapassagem quando bateu em Heidfeld e teve sua asa dianteira quebrada.

Já Nelsinho vinha fazendo até que uma corrida boa depois de ter conseguido passar para o Q2 ontem. Fez ultrapassagens ousadas sobre Trulli e Glock hoje, mas deu uma rodada sozinho e logo depois abandonou com problemas no carro.

Kubica e BMW têm chances reais de disputar títulos este ano? Provavelmente não, mas quem sabe. Nunca que poderíamos imaginar, depois da pré-temporada, de ver a BMW acompanhando Ferrari e McLaren tão de perto depois de 7 etapas. No momento Kubica é líder com 4 pontos de vantagem para Hamilton e Massa e tem 7 de vantagem para Raikkonen. BMW é vice-líder com 70 pontos, 3 a menos que Ferrari e 17 a mais que McLaren.

Tirando as top 3, desde o começo do campeonato há uma disputa mais acirada entre Red Bull, Toyota, Williams e Renault pelo 4º posto. Destas, Red Bull tem mostrado mais consistência marcando em 6 de 7 etapas e mantém-se no 4º posto com 4 pontos de vantagem para Toyota, 6 para Williams e 12 para Renault. Em certo momento achei que Renault iria crescer e assumir este 4º posto, mas pelo jeito errei e feio. Honda e Toro Rosso já aparecem ali no seu encalço com 1 e 2 pontos a menos respectivamente.

No mundial de pilotos, depois de 7 etapas, está assim:

01. Robert Kubica (BMW) - 42 pontos
02. Lewis Hamilton (McLaren) - 38
03. Felipe Massa (Ferrari) - 38
04. Kimi Rakkonen (Ferrari) - 35
05. Nick Heidfeld (BMW) - 28
06. Heikki Kovalainen - 15
07. Mark Webber - 15
08. Jarno Trulli - 12
09. Fernando Alonso - 9
10. Nico Rosberg - 8
15. Rubens Barrichello - 5
18. Ângelo Piquet - 0

No de construtores:

01. Ferrari - 73 pontos
02. BMW - 70
03. McLaren - 53
04. Red Bull - 21
05. Toyota - 17
06. Williams - 15
07. Renault - 9
08. Honda - 8
09. Toro Rosso - 7
10. Force India - 0

Como pode-se perceber os campeonatos continuam abertos com 4 pilotos e 3 equipes diputando os mundiais. BMW e Kubica correm por fora e, muito provavelmente, não conquistam, mas nunca se sabe. Têm mostrado competência até agora para colher grandes resultados com menos dinheiro e equipamento inferior.