terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Efeitos da crise econômica

E os efeitos da crise econômica continuam a surgir no automobilismo. Como já li em alguns lugares, acredito que esta crise levará a drásticas mudanças nas competições automobilísticas. Não que o esporte a motor vá desaparecer ou mingüar, mas deverá enfrentar um período complicado e depois volta a crescer. Só que aí num novo cenário, com outra mentalidade. Algo que acho muito bom. Hoje em dia há muita pirotecnia e dinheiro queimado com besteira. As coisas de hoje em diante terá de ser mais racional.

Dentre os mais novos anúncios (depois da saída da Honda da F1), tivemos o anúncio da saída da Suziki e da Subaru do WRC (campeonato de Rali da FIA). Na Nascar a situação também está complicada devido a situação das montadoras americanas.

Na Indy, têm sido feitos movimentos no sentido da redução de custos. Na F1, como todos vimos semana passada, também. Quanto a F1, em específico, acho bacana a preocupação e decisões no sentido da redução, mas não concordo com algumas decisões em especial. Por exemplo, o lance de ter um único projeto de motor. Isso vai contra os preceitos da categoria. Outra coisa que não achei legal foi banir por completo os testes fora GPs. Acho que deveriam manter os testes, só que mudando as regras. Por exemplo, limitando tempo, quilometragem, locais, permitir apenas os testes coletivos, ... Outra coisa que acho é que a idéia do KERS poderia ficar para um outro momento. Começo a achar que isso vai mais atrapalhar que ajudar, pelo menos no primeiro ou os 2 primeiros anos. O equipamento traz mais peso para o carro e pelo que li dará apenas 6 segundos por volta dos cavalinhos a mais. Já li também que não vai ser em todas as pistas que tratá algum ganho. Acho que é algo que deve ser investido pela F1, mas talvez não seja o momento se pensam na redução de custos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ingresso para GP Brasil 2009 a partir de segunda

Para quem estiver interessado em ir ao GP Brasil de F1 2009 é melhor se preparar para a compra. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima segunda-feira e é comum acabar rapidamente os ingressos para os setores mais baratos (G e A). Sugiro comprar no máximo até a segunda semana para não correr riscos.

Veja abaixo preços oficiais do GP Brasil 2009:

A - R$ 550 (Sexta, sábado e domingo); R$ 526 (Sábado e domingo)
B* - R$ 1.458 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.368 (Sábado e domingo)
M* - R$ 1.150 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.060 (Sábado e domingo)
D* - R$ 1.900 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.790 (Sábado e domingo)
E** - R$ 2.220 (Sexta, sábado e domingo); R$ 2.120 (Sábado e domingo)
F* - R$ 1.100 (Sexta, sábado e domingo); R$ 994 (Sábado e domingo)
G - R$ 410 (Sexta, sábado e domingo); R$ 356 (Sábado e domingo)
V** - R$ 1.656 (Sexta, sábado e domingo); R$ 1.440 (Sábado e domingo)

Para maiores detalhes, consulte o site oficial do evento www.gpbrasil.com.br

Eu fui no GP de 2007 e fiquei no setor G, o mais barato. Meu ingresso foi apenas para sábado e domingo. O setor fica ao longo de toda a reta oposta, onde fica a saída dos boxes e termina naquela curva que em 2007 o Hamilton escapou em tentativa de retomar a posição que Alonso havia tomado. A visão do autódromo é bastante ampla deste ponto, ficando fora de alcance apenas a reta de largada e os boxes. Não há telão, ou pelo menos não havia naquele ano. Para acompanhar a corrida um rádio é bem vindo.

Se eu fosse como espectador outra vez a um GP Brasil de F1 e não quizesse ou pudesse gastar muito, eu iria para o setor A. Lá é o segundo mais barato e tem uma visão ampla também. Segundo um amigo meu que também foi em 2007 e ficou no setor A, havia um telão lá para eles. Isso é muito bacana, pois ajuda a acompanhar a corrida, ver a largada e o pódio, por exemplo. O setor A fica no final da pista, na entrada dos boxes. Permite ver o final do Grid, parte da reta oposta, todo o miolo e a subida.

Fora estas dicas para a compra do ingresso, outros pontos relevantes para o GP dizem respeito a hospedagem e transporte. Quanto a hospedagem, providenciem com bastante antecedência. Eu fui deixar para o final e foi bem complicado. Muitos lugares lotados e outros muito caro. Todos falavam no GP para justificar os preços de alta temporada. Sugiro o hotel Formule 1. Existem diversos pela cidade. Eu já fiquei na unidade Paraíso, na Av. Vergueiro. Acho que tem estação de metrô do lado de cada um deles.

Quanto a transporte, pense bem se for de carro. Vai pegar um trânsito complicado, principalmente no domingo, e vai pagar muito caro pelo estacionamento. Vi coisas como R$ 50 ou R$ 60 de estacionamento por dia. Eu fui no sábado e no domingo de metrô/trem. Em 2007 foi o ano em que inauguraram a estação autódromo. Eu fiquei em um hotel próximo a praça da República (no Centro, nas proximidades do cruzamento da Ipiranga com a São João). Ia a pé até a estação República, daí ia de metrô até a Barra Funda e de lá ia de trem. O percurso durava 1 hora e 50 min. O custo é que é muito baixo, apenas 2 passagens de metrô para ir e voltar.

Para reduzir este tempo, e não gastar tanto, uma possibilidade é ir de carro até algum ponto no final da Marginal Pinheiros e pegar o trem lá. Eu tentaria ficar no novo Formule 1 Morumbi, que fica a apenas 4 estações e daí não precisaria de carro.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Crise chega ao automobilismo

Já não é nenhuma novidade a crise financeira que se espalhou pelo mundo. Como não poderia deixar de ser, o esporte também começa a sofrer suas conseqüências também. Com diversas empresas quebrando ou enfrentando situações difícies, começa a faltar dinheiro.

Na F1, Honda, aquela que decidia entre Barrichello, Bruno Senna e Di Grassi, anunciou semana passada sua despedida. Cortou gastos, cancelou os testes em Jerez com Barrichello e Bruno, e mantém o desenvolvimento básico do carro do que vem apenas porque tem esperanças de conseguir vender sua estrutura para alguém que queira tocar a equipe já para 2009. A Honda está esperançosa de que conseguirá, até porque já mostrou que não vai complicar, mas muitos dos figurões da categoria falam que isso não deve ocorrer devido a crise. Com o tempo escasso e a falta de dinheiro, vai complicar.

Caso não consiga vender, a categoria que iniciou 2008 com 11 equipes e 22 carros, pode iniciar 2009 com apenas 9 equipes e 18 carros. Pior, já tem gente falando em campeonato com 8 equipes e 16 carros. Bom ... vamos ver o que acontece.

Quanto a Honda sair, foi uma surpresa apenas pelo momento. Parecia que caminhava para um crescimento com a chegada do Ross Brawn e falava-se muito em planos com todas as mudanças que chegavam para o ano que vem e na alteração de sua dupla de pilotos. De qualquer forma, era esperada a sua saída por tudo o que já gastou e tudo o que ainda não havia conquistado.

Entretando há males que vêem para o bem. Não só na F1 ou no automobilismo, mas sim no esporte como um todo, há muito tempo que me indigna a quantidade de dinheiro que se torra seja com o desenvolvimento de equipamentos ou com salários. É algo, no mínimo, absurdo. Isso em algum momento tinha que estourar.

Hoje estava lendo declaração de Mosley, presidente da FIA, cobrando cortes nos salários dos pilotos. Outro hora li declaração dele falando sobre cortes nas despesas com motores e transmissões. A idéia seria ter um fornecedor único (independente) destas peças. Estima-se que com esta alteração corte em 10 vezes as despesas com o desenvolvimento e produção de tais peças. Neste ponto, eu assim como boa parte das equipes temos restrições.

A F1 tem como essência o desenvolvimento de novas tecnologias. Foi a categoria criada com a intensão de apresentar o que há de mais novo. Certamente que as coisas não podem ficar como estão, mas tem de se haver um bom planejamento para as alterações. Motores são a essência de um automóvel e é claro que construtores irão querer projetar e construir esta peça. Não é a toa que as equipes na F1 são chamada de construtores. Não fosse assim seriam chamados de montadores. De qualquer maneira, do jeito que vão indo as coisas acredito que vai terminar sendo adotado o motor padrão. E como conseqüência a F1 vai passar por uma profunda transformação. Não é difícil de imaginar as montadoras, maioria no grid, saindo em debandada. Inclusive com equipes tradicionais saindo de cena.

Para o ano que vem a tônica do campeonato provavelmente estará nas discussões sobre as novas regras visando a redução dos custos e sobre dificuldades financeiras.

E a crise, claro, não chegou apenas na F1. A Audi já anunciou que sai da ALMS, mas continuará na Le Mans. Li algo também sobre uma possível saída da Chevrolet da Nascar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Renault Roadshow

Domingo passado estive no Renault Roadshow em São Paulo, ao lado do Parque Ibirapuera. Para quem nunca tinha visto um F1 de perto, foi uma oportunidade fantástica. O evento foi gratuito. Para quem já tinha visto um F1 ao vivo em ação, uma ótima oportunidade para rever e, desta vez, de muito perto. Eu tinha ido ao GP do Brasil do ano passado, aquele em que o Massa entregou a vitória ao Raikkonen para ele levar o caneco no mundial. Imagino que a velocidade do F1 neste evento estava limitada, por questões de segurança, mas a sensação não era esta já que estávamos tão perto do carro. Deixando as emoções de lado um pouco, foi até um pouco insano ficar tão perto de um carro andando tão rápido.

Achei engraçado, tanto lá como em Interlagos, a reação de alguns acompanhantes não muito fãs de automobilismo. Estavam fazendo cara feia e fazendo questão de deixar claro que para eles estavam ali só para acompanhar. Já nas apresentações de manobras ficaram atentas e começaram a gostar da coisa. Quando o Nelsinho passou pisando fundo, a reação foi muito engraça. A cara carrancuda dava lugar a uma cara de espanto e sorrisos começavam a surgir. Num tinha como ser diferente. No mínimo, por mais desligada que seja a pessoa neste assunto, fica impressionada com a capacidade de aceleração e a velocidade que o carro atinge. O ronco do motor é absurdo. A velocidade tão grande, que dava para sentir o deslocamento de ar quando passava ao nosso lado.

A seguir alguns vídeos mostrando o evento.

Apresentação de Nelsinho, exibida no Globo Esporte.



Nelsinho fazendo zerinhos com o F1.



Renaults envenenados. Os dois amarelos eram muito bacanas.



Car toons.



Piloto sai e volta ao carro enquanto o carro permanece fazendo zerinhos. Muito bom.



Um vídeo com um resumão do que teve por lá. Aqui tem algumas manobras que não foi possível ver nos outros vídeos e que também não pude ver lá.



O evento foi bacana, mas acho que poderia ter sido bem melhor se tivesse um pouco mais de shows de manobras para preencher o tempo. Nos 2 últimos vídeos teve alguns exemplos de manobras bacanas que aconteceram por lá, mas estas só ocorreram na frente dos convidados. Para a gente só zerinhos.