sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Falta muito pouco para Rossi

Depois de mais uma vitória, desta vez em Indianápolis com chuva, Rossi abriu 87 pontos para Stoner e 94 para Pedrosa. Faltam apenas 4 etapas (Japão, Austrália, Malásia e Valência) e apenas 100 pontos são disputados. Se sair do Japão com mais de 75 pontos na dianteira acabou. Como podem ver, nem precisa vencer para isso.

Para completar, seu principal rival (Stoner), vem enfrentando problemas com uma antiga lesão no punho, que voltou a abrir e pode levá-lo a uma cirurgia e, assim, perder o restante da temporada.

Pantano é campeão

Não teve jeito. Nem Bruno Senna e nem Lucas di Grassi conseguiram superar o Giorgio Pantano. Já no sábado (1ª bateria), vencida pelo brasileiro Lucas di Grassi, o italiano garantiu o título deste ano e sagrou-se o 4º campeão na categoria aos 29 anos. Diferentemente de Nico Rosberg, Lewis Hamilton e Timo Glock, os campeões anteriores, Pantano não está tão cotado para uma vaga de titular na F1 no ano seguinte a conquista da GP2. Pesam muito contra ele a idade avançada e o fato de seu desempenho não ter agradado a F1 em 2004, quando correu pela Jordan.

Bruno Senna mostrou bons desempenhos durante o ano em algumas etapas. Deu azar em algumas e correu mal em outras. No geral ficou um pouco a sensação de decepção. Esperava um pouco mais dele, mas vejo que tem muito potencial. O que lhe falta é um pouco mais de tempo de experiência. É complicado. Está completando 24 anos e os 10 anos fora das pistas vão pesar muito em sua carreira. Tomara que consiga boas oportunidades e tempo para mostrar evolução. Torço bastante por ele. Quanto ao ano que vem, ainda não há nada decidido. Bruno falou que tem propostas para a F1 de Wiliams, Toro Rosso, Toyoto e BMW. Especula-se que seriam propostas para titular nas 2 primeiras e piloto de testes nas 2 seguintes. Se for para a F1, certamente o melhor caminho é para ser titular independente da equipe. Bruno não afasta a possibilidade de mais 1 ano na GP2. O problema de ficar na GP2 é que ficará a pressão de ter de ser o campeão, pois caso não seja deve ser taxado de incompetente.

Quanto a Lucas di Grassi, este foi sem dúvida o nome do ano na categoria. Não disputou as 3 primeiras etapas, 6 primeiras baterias, e terminou a apenas 1 ponto de Bruno (vice-líder) e a 13 de Pantano (líder). O grande detalhe é que correu para a Campos, uma equipe intermediária. Se no ano passado, quando foi vice, foi criticado pela falta de ousadia, neste ano mostrou tal ousadia e a competência de sempre. Caso eu fosse dono de equipe e estivesse pensando em contratar, certamente Lucas di Grassi seria a minha aposta e para onde iriam meus investimentos. Foi o melhor na temporada e não deixou dúvidas de que poderia ser campeão neste ano. Pena que a decisão de correr na GP2 demorou muito para ser tomada, pois a priori seria apenas o piloto de testes da Renault. Quanto ao ano que vem, ainda não se fala muito sobre possibilidades para a F1. Como escrevi, o pessoal não olhava muito bem para Lucas. A melhor oportunidade que vem se apresentando seria a possibilidade de substituir Nelsinho na Renault. Vamos observar para ver o que acontece. Gostaria de ver Lucas na F1. Melhor seria se Nelsinho não saísse, mas ... vamos ver.

A 1 ponto de Lucas ficou Grosjean, o 4º. O francês, que venceu a série asiática no início do ano, era apontado como favorito - assim como Bruno - no início da temporada para a série principal (européia), teve um ano muito discreto.

F1 em Cingapura

Acho que, assim como eu, muitos estão ansiosos pelo próximo GP. Não bastasse ser a 15ª etapa de um total de 18 com um campeonato super disputado e total aberto até o momento, vide a diferença de apenas 1 pontos entre os líderes, é a primeira corrida noturna na história da F1 e a primeira corrida no circuito de rua de Cingapura.

Alguns pilotos e dirigentes têm mostrado certa preocupação com segurança. Estão certos na preocupação, mas acredito que não haverão problemas. A Indy faz isso a muito tempo e não é problema. É só mais um item para agregar ao espetáculo. Espero que o circuito não seja chato que nem foi Valência. Tomara que realmente permita ultrapassagens. Para completar ainda mais há grandes chances de pista molhada, mais uma vez neste ano.

A seguir um vídeo bem bacana da Red Bull, que tem me surpreendido bastante no esporte e na questão de marketing. O vídeo mostra um pouco do circuito.



Agora é esperar para ver. O GP está marcado para daqui a 1 semana.

domingo, 14 de setembro de 2008

GP histórico com Vettel e Toro Rosso na frente

- Como não poderia deixar de ser, o GP italiano desta temporada fica marcado pela primeira pole e primeira vitória do jovem piloto alemão Sebastian Vettel, assim como de sua equipe, a pequena Toro Rosso.



- Vettel manteve um ritmo forte durante toda a corrida, desde o início com pista molhada até o final com pista seca. Impressionante a diferença de 12,5 s ao final da corrida para a McLaren de Heikki Kovalainen.



- Vettel tornou-se recordista em três quesitos este final de semana, ao se tornar o piloto mais jovem a conquistar um pódio, a conquistar uma pole e a conquistar uma corrida. O primeiro dos recordes pertencia a Button (Honda) e os outros dois a Alonso (Renault). Ele tem 21 anos. Será que conquistará o recorde de piloto mais jovem a conquistar um mundial? Tem três anos para isso. Acredito que se tornará campeão, mas não sei se neste curto período. Talento tem bastante, mas é preciso de oportunidade também para isso. O recordista atual neste quesito é o bicampeão pela Renault, Fernando Alonso.

- Vettel assumiu o 9º posto na tabela do mundial de pilotos, com 23 pontos, e pode sonhar até com uma 7ª posição ao final da temporada. Trulli e Alonso estão a sua frente, o primeiro com 3 pontos a mais e o segundo com 5 pontos. Matematicamente é possível chegar até mais longe, mas é algo pouco realista.

- Antiga Minardi, a Toro Rosso conquistou resultado extremamente expressivo hoje e já desponta na 6ª posição da tabela com 1 ponto a mais que equipe principal da Red Bull. A Red Bull e Toro Rosso dispõe de um chassi semelhante, projetado pelo competente Adrian Newey, o responsvel pelos carros vencedores de Williams e McLaren na década passada. A maior diferença entre os carros das duas equipes encontra-se no motor. A Toro Rosso corre com um motor Ferrari e a Red Bull com um motor Renault.



- Red Bull é inclusive a equipe pela qual Vettel correrá ano que vem. Tomara que não tenha sido um passo errado.

- Com o feito, a Toro Rosso tornou-se a primeira equipe não-Ferrari a vencer com um motor Ferrari. No dia anterior tinha feito o mesmo no quesito pole.

- Além de Vettel, Kubica e Hamilton fizeram corridas fantásticas depois de uma qualificação decepcionante. Ambos chegaram 8 posições a frente da qual largaram. Kubica conquistou mais um pódio na temporada com sua 3ª posição.

- Kubica apareceu muito pouco durante as transmissões hoje, mas saiu de uma 11ª posição para a 3ª e, pela ausência de imagens, suponho que com ultrapassagens limpas, diferentemente das do inglês. Com o resultado diminuiu em 3 pontos a diferença para o vice-líder, Massa, que agora é de 13 pontos. Manteve-se na 3ª posição e aumentou para 7 pontos a vantagem perante Raikkonen.

- Hamilton, como não poderia deixar de ser, foi bastante agressivo e partiu para cima logo no início da corrida. Ultrapassou Raikkonen sem grandes dificuldades e continuou a avançar. Só não teve um resultado melhor porque a pista secou e com sua estratégia de 1 parada apostava na chuva prometida pela meteorologia. A chuva não veio e foi obrigado a fazer uma segunda parada, extra de acordo com o planejado. No final chegou em 7º, uma posição atrás de Massa.

- Impressionante também é a forma como Hamilton volta a confundir facilmente agressividade e arrojo com pilantragem. O que foi aquilo nas ultrapassagens sobre Glock e Alonso? A manobra para cima de Glock foi suja e absurda, tão quanto desnecessária. Sobre o incidente com Webber, acho que o piloto da Red Bull é que estava errado. Forçou demais para fazer uma ultrapassagem por fora e quando tocou em Hamilton ainda estava um pouco atrás dele.

- Hamilton que por sinal andou falando muita besteira nas entrevistas de quinta, ainda puto com a punição da etapa anterior (Bélgica). Começou bem quando disse que estava superior a Raikkonen na condição de chuva no final da prova, mas perdeu-se quando disse que faltou "coragem" ao finlândes para guiar e atacar as curvas naquelas condições. Errou também quando criticou os outros pilotos dizendo que é fácil falar quando não se disputa vitórias.

- Foi bastante ironizado com o resultado de ontem na classificação depois das declarações de se tratar de um piloto de "coragem" e muito "foda" na pista molhada. Sua soberba foi tamanha que arriscou um pneu intermediário no Q2 enquanto todos os outros iam com pneu para chuva pesada. Não conseguindo guiar, foi trocar pelo pneu para chuva pesada. Eis então que começa a chover mais pesado e ninguém mais melhora o tempo.

- Com bons desempenhos também aparecem Alonso e Heidfeld, 4º e 5º depois de largarem em 8º e 10º. Alonso assumiu a 7ª posição na tabela do mundial, tomando o posto de Trulli, que agora está com desvantagem de 2 pontos. Heidfeld, que parece que voltou a boa forma, manteve-se na 5ª posição, mas já encosta em Raikkonen, que tem apenas 4 pontos de vantagem.

- Sobre os destaques negativos da prova, não poderia deixar de citar Coulthard, Honda e Raikkonen. Coulthard fez lambança para tudo que é lado e criou diversas variações para o circuito de Monza. Honda voltou a apresentar desempenho muito fraco, mesmo em uma situação em que poderia tirar alguma vantagem. Button foi o 15º e Barrichello o 17º.

- Raikkonen, que tinha recebido uma visita (mais para puxão de orelha) do chefe (Montezemolo) nos treinos de Monza, foi bem nestes treinos e foi fantástico no GP da Bélgica. Lá só errou no final em uma situação extrema e quando brigava pelo tudo ou nada. Nesta semana foi anunciada a sua renovação de contrato, estendendo o compromisso com a Ferrari até 2010. Agora que parecia recuperado, volta a perder desempenho. Classificou-se apenas em 14º e na corrida não passou de 9º, sequer pontuou. Continua na 4ª posição da tabela e vê Hamilton, líder, abrir 21 pontos de vantagem. Restam, agora, apenas 40 pontos em jogo.

- Quanto à Kovalainen e Massa, estes apresentaram desempenho abaixo do esperado, mas também não fizeram besteira e até avançaram no mundial.

- Depois de um forte desempenho ontem na classificação e tendo em vista que na largada teria a frente apenas uma fraca Toro Rosso, cheguei a pensar em uma vitória até que tranqüila do finlandês. Não foi o que vimos. Ficou ali em 2º o tempo todo. Se não foi ameaçado, também não ameaçou em momento algum. Correu o risco, caso viesse a chuva, até de chegar atrás de Hamilton, que havia largado em 15º, com o mesmo carro.

- Vettel, Kovalainen e Kubica formaram o pódio mais jovem da história da F1. Pódio este bastante interessante por reunir os 3 primeiros que venceram a primeira vez na F1 este ano.

- Com a largada com safety-car não foi possível aproveitar muito bem este momento. Quando o safety car saiu na abertura da 3ª volta, manteve a posição e logo partiu para cima de Nico Rosberg. Chegou rápido e fez uma ultrapassagem até surpreendente por sua forma de pilotar na chuva. Juntamente com a equipe decidiu devolver a posição por considerar que correria o risco de punição por cortar chicane, como aconteceu com Hamilton na Bélgica. Achei que foi excesso de zêlo e que ali não houve problema. Perdeu ali um tempo precioso que pode sim ter afetado o resultado final. Os problemas começaram na 1ª rodada paradas nos boxes. Massa foi um dos primeiros a parar e com a chuva quem largou da 11ª para trás estava preparado para 1 parada apenas. Juntando isso ao tempo que perdeu na devolução da posição a Rosberg, saiu dos boxes logo atrás de um pelotão de carros que largaram atrás, logo atrás de seu companheiro. Perdeu ali mais um tempo precioso. Depois disso deu sorte com a segunda parada de Hamilton, forçada pela chuva que não voltou, e se não conseguiu tomar a 5ª posição de Heidfeld e a 4ª de Alonso logo a frente, pelo menos conseguiu segurar o Hamilton nas voltas finais e reduziu para 1 ponto a diferença entre eles.

- Para completar os que potuaram, Webber. Largou em 3º e terminou em 8º. Chegou a disputar com Hamilton pela 7ª posição, mas não conseguiu nada além de um toque de rodas com o inglês e passar reto na chicane.

- Bourdais foi quem deu um baita azar hoje. Largava em 4º e tinha uma boa oportunidade de fazer outra boa apresentação. Não conseguiu largar junto com os outros e ficou para trás. Terminou a frente apenas de Sutil.

- O brasileiro Nelsinho Piquet foi mal. Largou em 17º e chegou em 10º.

- No mundial de pilotos a situação continua aberta, mas cada vez mais e mais apontando para uma disputa restrita a Hamilton e Massa. A diferença entre eles é de apenas 1 ponto neste momento que já foram disputadas 14 etapas e faltam apenas 4 com 40 pontos em jogo. Não há como apontar um favorito entre eles. Hamilton parece ser um piloto mais completo, mas em muitos momentos arrisca desnecessariamente jogar um mundial fora por ganhos mínimos. Massa por sua vez, que sempre foi um piloto rápido em volta lançada, este ano vem mostrando um grande crescimento ao apresentar ritmo forte em corridas inteiras e deixando de cometer erros. Tem conseguido lidar bem com as adversidades e lida melhor com as situações onde tem desempenho inferior. Está certamente em sua melhor fase.

- Kubica vem em 3º com 13 pontos a menos que Massa. Tem chances matemáticas, mas não dispõe ainda de um carro que o permita lutar pelo mundial. Caso confirme o 3º posto será mais um grande resultado no ano.

- Raikkonen está cada vez mais longe da manutenção do título. Com 21 pontos a menos que o líder, quando restam 40 em disputa, está em situação melhor que a do ano passado, é verdade. Tinha 17 pontos a menos quando faltavam apenas 20 em disputa, mas a situação era outra para Raikkonen, que crescia no mundial, e para McLaren de Hamilton e Alonso.

- No mundial de construtores destaque para a aproximação perigosa da McLaren sobre a Ferrari. A equipe italiana ainda está na dianteira, mas parece que não vai ser por muito tempo. Tem apenas 5 pontos de vantagem. Destaque para Renault, que empatou em número de pontos com a Toyota e deve disputar com ela o 4º posto até o final.

- Próximo GP é em Cingapura. A estréia do circuito de rua e a primeira corrida noturna da F1. Tomara que não seja chata como Valência.

sábado, 13 de setembro de 2008

Treino complicado e Vettel e Toro Rosso surpreendem

Como já era esperado, pelas previsões meteorológicas, o treino classificatório foi debaixo de chuva. Nestas condições, os resultados normalmente surpreendem. Foi o que aconteceu.

Viu-se uma Red Bull muito forte, conquistando 3 postos dentre os 4 primeiros e com direito a pole-position. Vettel conquistou sua primeira pole-position e a primeira da Toro Rosso. É um grande resultado, mesmo com as regras atuais para a classificação. Espero que tenha um bom desempenho amanhã também. Vettel tem se mostrado um piloto muito bom e que promete ser um forte oponente no futuro, caso possua um carro que o permita lutar por vitórias. Para ano que vem terá uma pequena evolução. Sairá da Toro Rosso para a equipe principal da Red Bull.

O companheiro de Vettel na Toro Rosso, Bourdais, parece mesmo ter se achado, depois de um primeiro semestre muito fraco tem mostrado um boa forma desde o GP da Bélgica (o anterior) e conquistou o 4º posto no grid para o GP da Itália. Webber da Red Bull alinha em 3º. Coulthard foi o único piloto da Red Bull que foi mal e ficou no Q2. Sairá amanhã da 13ª posição.

Quem surpreendeu também foi Kovalainen, pelo ótimo desempenho no treino classificatório, em condições bastante adversas. Marcou o melhor tempo do treino já no Q1. No Q2 ficou atrás apenas de Vettel e por muito pouco. No Q3 conquistou a segunda posição na primeira fila do grid.

Surpreendeu também o péssimo resultado conquistado por Hamilton e Raikkonen. O inglês da McLaren larga apenas na 15ª posição e Raikkonen largará uma posição a frente. Tiveram asar em não conseguir marcar um bom tempo no início do Q2 e depois ficou impossível. Quem se salvou por muito pouco no Q2 foi Massa. O brasileiro foi o único, dentre aqueles que estavam na faixa de corte, que conseguiu fazer uma volta boa o suficiente para garantir sua vaga no Q1 quando a situação da pista piorou.

Massa largará na 6ª posição. Terá à sua frente, na mesma fila, Rosberg (Williams) e na fila detrás terá Trulli (Toyota) e Alonso (Renault). Glock (Toyota) e Heidfeld (BMW) completam os 10 primeiros. Kubica (BMW), terceiro no mundial, largará apenas na 11ª posição.

Os outros brasileiros na prova foram muito mal. Rubens Barrichello, que costuma correr muito bem na chuva, é apenas o 16º. Explicou que houve algum problema de comunicação com a equipe e não conseguiu fazer com que dessem mais asa dianteira. Nelsinho (Renault) largará logo atrás.

A corrida promete fortes emoções. Hamilton (líder) e Raikkonen (4º) forçaram tanto quanto puderem por melhores posições. Vale lembrar também que, os grandes protagonistas no último GP (Bélgica), largaram lado a lado. Massa, por sua vez, também tentará conquistar o máximo de pontos que puder e aproveitar a oportunidade ao máximo para retomar a liderança no mundial e, quem sabe, até abrir alguma vantagem. Terá de ser agressivo ao mesmo tempo que cuidadoso, para não jogar fora a vantagem que terá amanhã.

Para completar o cenário, há chances de chuva para amanhã no horário da corrida. O site weather.com aponta 60% de possibilidade de chuva.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Apesar de vitória apertada, Castroneves é vice-campeão na Indy

Como já era de se esperar, pela larga vantagem de Dixon (Ganassi) em Chicago (última etapa da Indy em 2008), o neozelandês Scott Dixon ficou com o título na Indy este ano. O brasileiro Hélio Castroneves venceu a etapa por apenas 0s0033 e foi necessário até análises das imagens da chegada para tal veredito. Dixon foi o segundo e Ryan Briscoe (companheiro de Hélio na Penske) o terceiro. O brasileiro Tony Kanaan chegou na quarta posição e garantiu o terceiro posto na tabela.

Sobre a polêmica do GP da Bélgica

Sobre a polêmica do GP da Bélgica, depois de ver e rever as cenas e depois de muito ler e ouvir comentários sobre o assunto, chego a conclusão de que a punição foi perfeitamente correta. Não analiso a questão, como vi em diversos dos comentários, se Hamilton iria ou não ultrapassar o Raikkonen. Acho que não há dúvidas que até o final da corrida ele passaria. Raikkonen claramente tinha dificuldades em guiar naquele momento e não teria como segurar até o final. A questão foi a forma que Hamilton ultrapassou, tivesse deixado Raikkonen contornar a curva na frente e atacado logo em seguida tudo estaria bem.

Gosto muito do ímpeto de Hamilton em querer sempre atacar e tentar ultrapassagens. Isso é muito bom para a F1, o automobilismo e o esporte em geral. O que me incomoda muito no Hamilton é a forma como ele, em alguns momentos, faz isso. Para ele muitas vezes não importa os meios e sim o resultado. Em diversos momentos vi ele fazendo ultrapassagens de forma extremamente desleal. Não se pode confundir agressividade com deslealdade. Um piloto ser agressivo é algo bom, mas não desleal.

Concordo plenamente com os comentários de Mário do Fórum Downforce.

Ultrapassando as palavras: "O Caso Hamilton"

É chato ver o campeonato sofrer interveções externas, mas regras existem e devem ser cumpridas. Erro dos comissários eu vi sim no julgamento do incidente envolvendo Bruno Senna na bateria de sábado na GP2. O incidente foi muito parecido com o de Massa no GP de Valência. Bruno ainda deu passagem para o oponente assim que o viu.

Para se divertir um pouco com o incidente. Muito boa a charge do Bruno Mantovani sobre o incidente mais polêmico neste ano na F1.

domingo, 7 de setembro de 2008

Na GP2 Bruno Senna perde grande oportunidade

O brasileiro Bruno Senna, vice-líder na temporada da GP2 perdeu uma boa oportunidade nesta etapa. Conquistou a pole, mas foi punido durante a corrida e chegou apenas em 12º na primeira bateria. Na segunda Pantano (o líder) não pontuaria por punição devido a incidente na primeira. Senna envolveu-se em acidente com Buemi e abandonou a prova. Di Grassi foi o quinto.

No final das contas, conseguiu reduzir em apenas 2 pontos a diferença para Pantano. Chega a etapa da Itália (a última da temporada) com 9 pontos de desvantagem. Vale lembrar que a pontuação máxima que pode fazer no final de semana é 20 pontos. O título é ainda matematicamente possível, mas na prática extramamente difícil.

Raphael Matos é campeão na Indy Lights

O brasileiro Raphael Matos chegou em 3º na última etapa do mundial em Chicago e garantiu o título na Indy Lights.

A brasileira Bia Figueiredo (ou Ana Betriz) chegou em segundo na etapa e garantiu o terceiro lugar no mundial.

GP tumultuado com Kimi surpreendendo e Hamilton sendo punido

O GP começou com Hamilton, Massa, Kovalainen e Raikkonen alinhados, nesta ordem, nas primeiras posições do grid. Na largada sem chuva, mas com pista molhada, Kovalainen saiu mal e Raikkonen tomou logo seu posto. Em seguinda o finlandês da Ferrari ainda partiu para cima de Massa, mas quando chegou a curva, não dava. Espalhou. Foi lá fora na área de escape e conseguiu retornar ainda em 3º. Kovalainen, que também espalhou, não teve a mesma sorte e caiu para o meio do pelotão.

Raikkonen então não perdeu tempo e partiu para cima de um extremamente cauteloso Massa, que não ofereceu qualquer resistência. Raikkonen partia agora para cima do então lider da prova, Hamilton. O inglês errou quando completava a 1ª volta, rodou e perdeu o posto para Kimi, mas conseguiu manter-se a frente de Massa. Agora dos 4 só restavam 3 e mesmo assim só 2 lutavam efetivamente pela vitória. Massa não era atacado, mas também não atacava. Hamilton com um carro melhor no circuito belga conseguia manter-se próximo a Raikkonen, mas não havia tentativa de ultrapassagem. Durante boa parte da corrida este foi o cenário.

Chegou o primeiro pit stop e Hamilton foi o primeiro a parar. Raikkonen parou na volta seguinte e Massa na outra. Acabada a primeira rodada de paradas, continuava a mesma coisa. Chegou a segunda rodada. Raikkonen e Hamilton pararam na mesma volta. Massa parou 3 depois e tudo continuou como estava. A diferença agora era que Hamilton começava a aproximar com perigo de Raikkonen. Massa agora também se aproximava, mesmo que sem perigo, dos 2. Antes a diferença só aumentava.

Eis que começa a choviscar faltando pouquíssimas voltas para o final. Raikkonen perde muito rendimento e Hamilton parte de vez para cima. Dá uma escapada e parece que vai ficar quieto, mas muda de idéia e parte parte para cima de novo. Em uma das tentivas de ultrapassagem, passa reto numa chicane para não colidir com Raikkonen. Saí a frente do finlandês e para não ser punido deixa Raikkonen ultrapassar, mas em seguida já ataca e conquista a posição. Hamilton erra mais a frente e Raikkonen retoma o posto. Logo em seguida é a vez de Kimi errar, só que desta vez não tem retorno. A corrida, e provavelmente o campeonato, acabou ali para o finlandês. Neste momento restam apenas Hamilton e Massa dentre aqueles 4 que lutavam pela vitória em Spa, ambos decidem não colocar pneus para chuva e concluem a prova com todo o cuidado. Não enfrentam ataques porque já tinham conquistado larga vantagem.

Kovalainen que havia caido na classificação no contorno da primeira curva, iniciou uma prova de recuperação muito forte logo em seguida. Fazia ultrapassagem em cima de ultrapassagem, até que numa destas empolgou-se demais e colidiu com Webber. Levou sorte em não quebrar a asa dianteira, mas além do tempo perdido com as manobras para voltar para a pista foi punido com uma passagem pelos boxes. Sua corrida, que já estava bem complicada, foi para o brejo. A uma volta do final ainda abandonou, mas pelas imagens não deu para perceber se por acidente ou falha mecânica. Terminou em 10º.

Com a corrida de hoje ficou clara a superioridade da McLaren em Spa. Raikkonen só conseguiu passar a maior parte do tempo a frente de Hamilton pelo erro do inglês no início e por coseguir manter um ritmo muito forte durante toda a prova. Raikkonen fez uma corridaça depois dos maus desempenhos que vinha apresentando. Foi uma grande infelicidade e certa injustiça não ter vencido. Escapou onde qualquer um poderia ter escapado, não foi por imperícia. O pessímo resultado não refere-se somente ao âmbito do GP, mas sim ao mundial. Sua situação agora fica bastante complicada. São apenas 50 pontos em disputa nas 5 etapas restantes (Itália, Cingapura, Japão, China e Brasil). O finlandês está agora à 19 pontos do líder. Manter o título mundial ainda é possível, porém extremamente complicado.

Apesar de cruzar a linha em primeiro com grande competência e um pouco de sorte também, Hamilton foi punido com um acrescimo de 25 segundos ao seu tempo de corrida devido ao lance da ultrapassagem sobre Raikkonen. Os comissários entenderam que Hamilton foi privilegiado com o incidente. Vale ressaltar que Hamilton não deixou Raikkonen concluir a ultrapassagem completamente e ainda mudou de direção diversas vezes enquanto tentava tomar a posição de Kimi. Não gosto muito destas intervenções externas no mundial, mas compreendo a interpretação dos comissários. Com isso caiu para a 3ª posição.

Depois de um GP bem apagado Massa saiu-se extremamente fortalecido. Para quem via a diferença (que era de 6 pontos) para o líder aumentar (hora para 8, hora para 10) e a diferença para o terceiro no mundial (que era 7) encurtar (hora para 3, hora para 5), terminou com mais uma vitória e a apenas 2 pontos do líder, Hamilton. Na terceira posição agora está Kubica com 16 pontos de desvantagem perante Massa. Pesa a favor de Massa hoje o fato de estar no segundo GP com o mesmo motor. Lembrando que nos dois últimos GPs os motores Ferrari nesta situação estouraram. Tomara que não volte a ocorrer até o final da temporada.

Mas este GP não foi só de grandes apresentações de Raikkonen e Hamilton. Heidfeld e Bourdais também apresentaram grande desempenho. Ambos estavam devendo boas apresentações e ainda não têm contrato garantido para o ano que vem. Heidfeld fez o 5º tempo na classificação e fechou o pódio. Herdou a 2ª colocação depois da punição de Hamilton. Bourdais classificou-se em 9º com direito ao melhor tempo no Q1. Na corrida cruzou em 7º devido a um certo azar com a chuva. Fez prova muito boa e o resultado final não condiz com o desempenho apresentado.

Alonso e Vettel também fizeram boas corridas e chegarm em 4º e 5º respectivamente. Kubica foi o 6º e Webber foi o 8º. Kubica por sinal foi outro piloto bem apagado no final de semana, principalmente se levarmos em conideração o ótimo desempenho de seu companheiro, Heidfeld.

Os brasileiros Nelsinho Piquet e Rubens Barrichello não concluíram a prova. Nelsinho bateu sozinho na 13ª volta e Rubinho abandonou depois de enfrentar problemas com o câmbio.

O campeonato agora segue com Hamilton em primeiro com 76 pontos, seguido de perto por Massa com 74. Kubica é o terceiro com 58 e Raikkonen tem 57. Cada vez mais parece que a briga pelo título ficará mesmo entre Hamilton e Massa. Agora com apenas 2 pontos de diferença entre os dois então é que a briga promete ser muito emocionante. Não há como dizer que leva o título. Estão virtualmente empatados nos pontos e com carros que se alternam em desempenho a cada GP.

Vale observar a tomada do 5º posto na tabela, que pertencia a Kovalainen, por Heidfeld. Alonso permanece em 8º, mas agora está a apenas 3 pontos de Trulli. Vettel com o resultado de hoje assumiu a 11ª posição.

No mundial de construtores a briga continua muito apertada também entre Ferrari e McLaren. A equipe italiana agora está com 12 pontos de vantagem para a equipe inglesa. BMW tem 12 de desvatagem para a McLaren e já não oferece tanto risco. O desempenho não é o mesmo do primeiro semestre. Toyota continua em 4º, mas Renault se aproxima. Agora está a apenas 5 pontos. Com os ótimos resultados de hoje, Toro Rosso pulou para a 7ª posição (empatada em número de pontos com a Williams) e se mantiver o bom desempenho que vem apresentando nas 2 últimas etapas, ameaça o 6º posto da irmã Red Bull.

A próxima etapa é o GP da Itália em Monza na semana que vem.