Massa surpreende na Hungria, mas não termina

Em primeiro lugar, desculpem-me pelo atraso nos comentários. Estava de férias em Maceió, de onde venho e onde mora minha família.

Só para não passar batido. Alguns comentários sobre a última prova.

A prova começou com pinta de que a McLaren faria uma dobradinha fácil fácil, mas não foi bem assim. Logo na largada Massa surpreendeu a todos com uma pilotagem arrojada, precisa e sem erros. Deu um chega-pra-lá em Kovalainen nos primeiros metros e dividiu a curva com Hamilton no final da reta. Massa, por fora, retardou a freada e conseguiu concluir a curva à frente do inglês. A corrida seguiu com Hamilton pressionando bastante Massa, mas em nenhum momento pareceu possível retomar a dianteira em condições normais. Massa também contou com a sorte na primeira parada e a distância entre eles aumentou.

Quando a corrida já caminhava para a monotonia, eis que Hamilton tem um pneu estourado. O inglês consegue fazer a troca, mas nisso já caiu bastante no grid e agora o que tem a fazer é tentar minimizar os danos e pontuar o máximo que conseguir. Agora a corrida caminhava para uma vitória tranqüila de Massa, que contando com uma vantagem absurda para Kovalainen, começa a administrar a prova, reduz os giros do motor e começa a fazer voltas bem mais lentas. Tudo indicava que retomaria a liderança no mundial e abriria uma boa folga para Raikkonen e Hamilton, mas daí seu motor estoura a 3 voltas para o final.

No final das contas, Hamilton manteve a liderança na temporada e aumentou em 1 ponto a distância para o 2º colocado, que agora é Raikkonen. Massa não pontuou e agora está a 8 pontos do líder e a 3 pontos de seu companheiro. O campeonato continua indefinido e qualquer um dos três pode levar o caneco no final. Faltam 7 das 18 etapas ainda. São 70 pontos em jogo. No mundial de construtores a disputa deve seguir acirrada também. A Ferrari tem apenas 11 pontos de vantagem.

Se a equipe Ferrari tinha um carro melhor no início da temporada, a McLaren parece ter eliminado esta vantagem. Fora isso a equipe italiana deu muitas mancadas e perdeu diversas chances de distanciar da concorrência quando era superior. Melhor para nós expectadores. O que devemos ter até a chegada no GP do Brasil é uma grande disputa por ambos os títulos.

Kubica é quem tem perdido muito em desempenho. Depois de uma primeira metade de temporada fantástica, onde chegou a vencer a sua primeira corrida (primeira da BMW também) e a liderar o mundial, marcou apenas 3 pontos nas 3 últimas provas. A última etapa, por sinal, foi a pior da BMW na temporada, marcando apenas 1 ponto (com Kubica). Nesta prova a equipe também perdeu o segundo posto no mundial de construtores para a McLaren, que abriu 10 pontos de vantagem. A equipe alemã tem perdido espaço para equipes como a Toyota e a Renault.

Kubica está a 5 pontos de Massa e tem 8 pontos de vantagem para Heidfeld, seu companheiro. Kovalainen, que herdou a vitória na Hungria, conquistou o seu primeiro triunfo na F1 em seu ano de estréia na McLaren e em seu 2º de F1. Com a vitória deu um grande passo para subir na tabela. Agora está a apenas 3 pontos de Heidfeld (o 5º). Se conseguir pontuar regularmente nas etapas que restam, deverá chegar a 4ª posição facilmente, visto que a BMW tem andado para trás.

Assim como Nelsinho, a equipe Renault tem crescido nas últimas provas. A equipe já soma 31 pontos e tomou o 5º lugar da equipe Red Bull, até então. Agora está a apenas 4 pontos da Toyota (4ª na tabela) e pelo que vêem apresentado nas últimas etapas, Renault deve assumir o 4º posto logo logo. Enquanto a Toyota marcou 12 pontos nas 3 últimas etapas a Renault fez 19. Isso dá uma média de 4 pontos por etapa para a equipe nipônica e uma média de 6,33 pontos para a equipe francesa.

Se a BMW foi mal na última prova por marcar apenas 1 ponto. A Red Bull foi um desastre em suas 3 últimas apresentações, não somando pontos desde o GP da França.

No mundial de pilotos Trulli continua em 7º, mas sua posição é fortemente ameaçada por Alonso. O espanhol vem crescendo. Já tomou a 8ª posição de Webber, ainda que empatado nos pontos, e está a apenas 4 pontos de Trulli. Glock e Nelsinho vêem logo atrás com 13 pontos ambos (5 a menos) e Glock à frente pelos critérios de desempate. Quanto aos outros pilotos, correm por fora e contam com a sorte. Deles apenas Sutil e Fisichella, ambos da Force India, ainda não pontuaram no ano.